Essuatíni: Ativista pró-democracia detido por ter destruído fotos do rei

Um ativista pró-democracia e líder sindical estudantil foi hoje detido no reino de Essuatíni por ter destruído fotografias do rei Mswati III, provocando protestos na última monarquia absoluta de África, noticiou a AFP.

rei do Essuatíni, Mswati III,

© Getty Imagens

Lusa
31/01/2022 18:34 ‧ 31/01/2022 por Lusa

Mundo

África

 

O estudante é acusado de remover e destruir fotografias do monarca num campus universitário. "Colani Maseko é acusado de sedição e danos materiais", disse a porta-voz da polícia, Nosipho Mnguni, em declarações aos jornalistas.

Pouco depois da sua detenção, registaram-se vários protestos em Manzini, a maior cidade do país, e na capital, Mbabane. A polícia de choque disparou gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes.

A Universidade de Essuatíni encerrou os seus três campus.

O ativista havia solicitado a libertação de dois parlamentares pró-democracia, Mduduzi Mabuza e Mthandeni Dube, detidos em junho. O país encravado da África Austral foi abalado por uma onda de protestos anti-regime, cuja repressão deixou oficialmente 37 pessoas mortas.

Em Essuatíni, o rei nomeia ministros e controla o parlamento e os partidos políticos são proibidos há quase 50 anos.

Coroado em 1986, Mswati III, que tem 15 esposas e mais de 25 filhos, é acusado por organizações internacionais de gerir o pequeno reino com "mão-de-ferro" e levar um estilo de vida extravagante, num país onde dois terços da população vivem abaixo do limiar da pobreza.

 

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