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Juiz bloqueia leilão no Golfo do México para exploração petrolífera

O presidente dos EUA, Joe Biden, vai ter uma oportunidade para avançar com a sua política para as alterações climáticas depois de um juiz federal rejeitar o plano do governo para leiloar vastas áreas no Golfo do México para exploração de petróleo 'offshore'.

Juiz bloqueia leilão no Golfo do México para exploração petrolífera
Notícias ao Minuto

06:15 - 29/01/22 por Lusa

Mundo Clima

O juiz Rudolph Contreras rejeitou o plano, na quinta-feira, com a alegação de que o Departamento do Interior não levado na devida conta os efeitos dessa exploração nas emissões de gases com efeito de estufa.

Iniciado durante o tempo de Donald Trump na Casa Banca, o leilão tinha sido contestado pelo governo de Biden, mas este viu as suas pretensões rejeitadas por um tribunal do Estado do Alabama no verão passado.

Agora, a decisão do juiz, cujo argumentário se estende por 68 páginas, devolve o caso ao Departamento do Interior, para este decidir os próximos passos.

Biden apresentou um ambicioso objetivo de cortar as emissões de gases com efeito de estufa por metade até 2030, com a intensificação do crescimento da energia solar e eólica e a redução da dependência dos EUA em relação ao petróleo e gás.

Estas intenções são expressas quando os efeitos das alterações climáticas são crescentes, como é evidenciado por furacões, incêndios e secas cada vez mais fortes.

Melissa Schwartz, uma porta-voz da secretária do Interior, Deb Haaland, disse que o governo tinha sido "compelido" a continuar com o leilão depois da decisão do tribunal do Luisiana.

O Departamento do Interior "documentou s+eiras deficiências no programa federal de petróleo e gás", disse Schwartz, acrescentando que Haaland tinha recomendado uma revisão do programa de aluguer de zonas para limitar as áreas disponíveis para o desenvolvimento deste tipo de projetos e aumentar os custos para as empresas de energia explorarem petróleo em terras e águas federais.

"Especialmente, perante as alterações climáticas, precisamos de tempo para fazer reformas programáticas significativas e há muito devidas", disse Schwartz, salientando: "As nossas terras e águas públicas têm de ser protegidas para as futuras gerações".

Apesar de aparecer no lado perdedor da decisão judicial de quinta-feira, Biden pode considerá-la uma vitória para a sua agenda climática, consideraram Rene Santos e Sami Yahya, analistas da S&P Global Platts.

"Esta decisão basicamente repõe o relógio em janeiro de 2021, quando Biden emitiu a ordem executiva a suspender a concessão de novas autorizações e alugueres", afirmaram Santos e Yahya em correio eletrónico enviado à AP.

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