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Opositor no Zimbabué confiante na sua vitória nas presidenciais de 2023

O líder histórico da oposição no Zimbabué, Nelso Chamisa, mostrou-se hoje confiante na sua vitória nas eleições presidenciais do próximo ano, apesar de esperar repressão por parte do governo.

Opositor no Zimbabué confiante na sua vitória nas presidenciais de 2023
Notícias ao Minuto

15:33 - 27/01/22 por Lusa

Mundo Zimbabué

"A Zâmbia fê-lo. O Malaui fê-lo. Porque não nós?", disse, em entrevista à agência France-Presse (AFP), referindo-se aos dois países da África Austral onde a oposição ganhou recentemente a Presidência após anos de hegemonia dos partidos no poder.

Hakainde Hichilema, um eterno adversário e seis vezes candidato, venceu as eleições presidenciais zambianas em agosto, provando que "nada é impossível", disse Chamisa.

O Zimbabué tem sido governado pela União Nacional Africana do Zimbabué - Frente Patriótica (ZANU-PF) desde a sua independência há 42 anos.

Mas a última eleição presidencial em 2018 foi ganha por pouco pelo candidato da ZANU-PF Emmerson Mnangagwa, contra Nelson Chamisa e o seu Movimento para a Mudança Democrática (MDC).

Segundo Chamisa, a oposição está agora sob ataque constante porque o governo está a perder terreno e sente-se ameaçado: "Estão a tentar dizimar-nos, destruir-nos, dividir-nos pela violência".

Sucessor de Robert Mugabe, que governou o país com mão de ferro durante 37 anos, Emmerson Mnangagwa é regularmente acusado de tentar amordaçar qualquer opinião dissidente, particularmente através de detenções.

"Literal e metaforicamente, estamos na boca do crocodilo", disse Chamisa.

Emmerson Mnangagwa é apelidado de "crocodilo", em referência à feroz unidade guerrilheira "Crocodile Gang" a que pertencia durante a luta contra o domínio branco no que era então a Rodésia.

Para o adversário, o desafio de uma mudança política é trazer "uma vida melhor aos zimbabueanos". Quando chegou ao poder em 2017, Emmerson Mnangagwa prometeu reformas, mas o país ainda está atolado numa crise económica catastrófica.

"Precisamos de consertar o Zimbabué, para restaurar a dignidade dos seus cidadãos", afirmou.

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