Henry "Michael" Williams, de 32 anos, terá vendido a arma que Malik Faisal Akram utilizou no sequestro de quatro pessoas na sinagoga de Colleyville, cidade com cerca de 23 mil habitantes situada a 40 quilómetros de Dallas, no estado norte-americano do Texas (sul).

Malik Faisal Akram foi abatido durante a intervenção da polícia, enquanto os quatro reféns foram libertados ilesos.

Segundo a acusação, Williams vendeu a Akram uma arma semiautomática em 13 de janeiro, dois dias antes do sequestro, pistola que foi recuperada no local.

Akram pagou 150 dólares (cerca de 133 euros) pela arma de Williams, que foi condenado em 2005 por agressão agravada com arma mortal e tentativa de posse de substâncias ilícitas em 2013.

O suspeito terá reconhecido aos agentes da polícia federal dos Estados Unidos (FBI) que estava ciente que não tinha autorização para possuir uma arma de fogo e que sabia que vender a arma a Akram era ilegal, refere a acusação.

Williams explicou ainda aos agentes que Akram lhe terá confessado que pretendia usar a arma para intimidar alguém que tinha uma dívida pendente.

A polícia britânica anunciou hoje ter detido mais dois homens em Manchester, no noroeste de Inglaterra, no âmbito da investigação do sequestro ocorrido em meados deste mês.

No quadro da investigação da tomada de reféns na sinagoga, ocorrida em 15 de janeiro, a polícia britânica já tinha detido outros quatro homens para interrogatório.

Segundo os 'media' britânicos, Malik Faisal, que vivia em Blackburn, no norte de Inglaterra, já tinha sido alvo de uma investigação em 2020 pelos serviços de segurança interna do Reino Unido (MI5), que concluiu o inquérito por considerar que o indivíduo não representava uma ameaça.

Segundo o FBI, o sequestro não visou a comunidade judaica, embora tenha sido interpretado por líderes judeus como um ataque de ódio religioso.

Os reféns disseram que Akram citou estereótipos antissemitas, e as autoridades disseram que Akram exigiu a libertação de Aafia Siddiqui, uma neurocientista paquistanesa condenada por tentar matar tropas dos EUA no Afeganistão e que está cumprindo uma longa sentença em uma prisão perto de Colleyville.

Akram queria que os reféns utilizassem a sua influência para obter a libertação da neurocientista de 49 anos.

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