Tropas federais chamados devido aos ataques em favelas

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, afirmou na madrugada de hoje que irá pedir ajuda às Forças Federais para conter os ataques a Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) em favelas do Estado.

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Lusa
21/03/2014 14:58 ‧ 21/03/2014 por Lusa

Mundo

Rio de Janeiro

"Vou nesta sexta-feira a Brasília encontrar-me com a presidente Dilma Rousseff e os ministros das pastas afins para pedir ajuda. O Rio vai responder como sempre fez: unindo forças", afirmou Cabral, numa nota oficial.

A decisão foi tomada após a convocação de um Gabinete de Crise, motivada pelos ataques feitos contra três unidades na noite de quinta-feira. No pior dos ataques, na favela de Manguinhos, dois carros e bases de apoio da UPP foram incendiados, e a comunidade foi deixada na escuridão.

Houve troca de tiros e o comandante da unidade, Gabriel Toledo, foi baleado. O Complexo do Lins e o Morro dos Macacos são as outras comunidades onde se registaram ataques.

Segundo o governo do Rio de Janeiro, os ataques são uma tentativa de "enfraquecer a política vitoriosa da pacificação, que retomou territórios historicamente ocupados pela bandidagem".

O secretário de Segurança, José mariano Beltrame, afirmou que tanto a Polícia Civil quanto a Militar do Estado estão de prontidão, com folgas diminuídas, para evitar "ameaças ao cidadão".

As trocas de tiros entre polícias e suspeitos intensificaram-se em comunidades pacificadas nos últimos dias. Na madrugada de quinta-feira, dois polícias foram baleados durante um confronto no Complexo do Alemão.

No último domingo, uma auxiliar de serviços gerais foi baleada e, após ser transportada de forma indevida por polícias, morreu. A vítima foi colocada no porta-malas, que se abriu durante o caminho para o hospital, e acabou arrastada pelo carro. A morte gerou protestos da população contra a polícia.

A última UPP foi implantada na quinta-feira da semana passada, na Vila Kennedy. A polícia do Rio de Janeiro investiga as hipóteses de que os ataques desta madrugada tenham partido de traficantes que fugiram dessa comunidade ou de membros de um grupo criminoso que atua dentro e fora das penitenciárias.

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