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Polícia antiterrorista de Marrocos prende 2 suspeitos de ligações ao EI

A polícia antiterrorista marroquina anunciou hoje ter detido dois homens suspeitos de ligações ao grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI), um dos quais alegadamente "elogiou" o recente assassínio de uma cidadã francesa no sul de Marrocos.

Polícia antiterrorista de Marrocos prende 2 suspeitos de ligações ao EI
Notícias ao Minuto

15:54 - 26/01/22 por Lusa

Mundo Marrocos

Num comunicado, o Gabinete Central de Investigações Judiciais (BCIJ), responsável pela luta contra o terrorismo, adiantou que as detenções foram feitas de manhã na região de Marraquexe (oeste), depois de os suspeitos, ambos de 23 anos, "terem declarado fidelidade ao emir do 'Estado Islâmico'" e de terem "distribuído publicações extremistas para efeitos de recrutamento".

Os dois suspeitos, "imbuídos de ideias extremistas", estão em prisão preventiva por "supostas ligações a uma célula terrorista afiliada à organização Daesh [sigla em árabe para EI]", acrescentou o BCIJ.

Segundo o BCIJ, um dos dois supostos 'jihadistas', que "treinaram o fabrico de explosivos para cometer atos terroristas", pediu "desculpa" pelo assassínio de uma cidadã francesa de 79 anos, a 15 de janeiro num mercado em Tiznit, que morava num acampamento perto desta pequena cidade do sul do país.

Suspeito do assassínio, um marroquino de 31 anos foi preso no mesmo dia em Agadir, a cerca de uma centena de quilómetros do local do crime.

O homem detido, que sofrerá de perturbações mentais e que já esteve internado num hospital psiquiátrico, é também suspeito de ter esfaqueado uma mulher belga de 65 anos em Agadir, que não morreu.

A acusação confiou a investigação à polícia antiterrorista, alegando "motivações terroristas", enquanto o governo considerou tratar-se de um "ato isolado".

As autoridades judiciárias da França e da Bélgica também abriram investigações relacionadas com "uma operação terrorista".

Segundo o BCIJ, desde 2002, a polícia marroquina desmantelou mais de 2.000 células terroristas e prendeu mais de 3.500 pessoas em casos relacionados com terrorismo.

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