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Kiev. Reconhecer repúblicas separatistas seria fim de acordos de Minsk

O ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksiy Reznikov, disse hoje que o eventual reconhecimento das repúblicas separatistas no leste da Ucrânia pela Rússia significaria o fim dos acordos de paz de Minsk.

Kiev. Reconhecer repúblicas separatistas seria fim de acordos de Minsk
Notícias ao Minuto

16:48 - 25/01/22 por Lusa

Mundo Ucrânia/Rússia

"Seria um passo óbvio de que estavam a abandonar os acordos de Minsk, uma demonstração de que rejeitam esses acordos", disse Reznikov, acrescentando, no entanto que duvida que Moscovo tenha essa intenção.

Os acordos de Minsk - assinados em 2014 por representantes da Ucrânia, da Rússia e das regiões separatistas de Donetsk e Lugansk - puseram fim aos conflitos no leste da Ucrânia, sob a mediação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE).

A Duma russa (câmara baixa do Parlamento) decidiu na segunda-feira realizar consultas sobre a proposta dos comunistas para reconhecer as autoproclamadas repúblicas populares de Donetsk e Lugansk em fevereiro.

Na semana passada, o grupo parlamentar comunista apresentou um projeto de resolução para solicitar oficialmente ao Presidente russo, Vladimir Putin, que reconheça a independência das repúblicas separatistas pró-Rússia no leste da Ucrânia.

O presidente da Duma, Viacheslav Volodin, indicou que a proposta comunista conta com o apoio de dois outros grupos parlamentares, o Rússia Justa e o ultranacionalista Partido Liberal Democrático.

Volodin acrescentou que o partido que apoia o Governo, Rússia Unida, que dispõe de uma maioria esmagadora na Duma, também está preocupado com a defesa dos cidadãos russos que vivem na região de Donbass.

O Kremlin, por sua vez, evitou declarações categóricas sobre esta matéria, limitando-se a chamar a atenção para a importância de evitar "medidas que possam causar um aumento das tensões" na região.

O Parlamento ucraniano aprovou hoje uma resolução em que pede à comunidade internacional que condene a "chantagem militar" da Rússia, no momento em que dezenas de milhares de soldados russos continuam a concentrar-se junto às fronteiras da Ucrânia.

No texto da resolução, o Parlamento pede à comunidade internacional que denuncie a violação das leis internacionais por parte da Rússia, alegando que Moscovo está a tentar interferir com a sua soberania, nomeadamente as aspirações da Ucrânia de vir a pertencer à União Europeia (UE) e à NATO.

Nas últimas semanas, a Rússia exigiu garantias de segurança dos Estados Unidos e da NATO, que incluem a interrupção da expansão da Aliança Atlântica no leste da Europa, bem como a cessação de toda a cooperação militar com as ex-repúblicas soviéticas.

Leia Também: Ucrânia. Pressão sobre Alemanha continua a apertar para tomada de posição

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