Inicialmente tinha sido relatada a morte de três migrantes pela Guarda Costeira, mas entretanto outros quatro morreram quando chegavam à ilha.
A maioria dos migrantes veio do Bangladesh e do Egito e todos terão morrido de hipotermia devido às baixas temperaturas.
"Outra tragédia. Mais uma vez choramos vítimas inocentes. Aqui, estamos ainda a fazer a nossa parte, apesar de o Governo italiano e a Europa parecerem ter esquecido Lampedusa e os lampedusanos. Mas não podemos continuar sozinhos por muito tempo", disse o presidente da câmara da cidade, Toto Martello, à agência de notícias italiana AGI.
Martello voltou a denunciar que, após os últimos desembarques, a ilha abriga atualmente 740 migrantes, quando tem capacidade para cerca de 200.
Entretanto, o navio Geo Barents, dos Médicos Sem Fronteiras, aguarda a entrada num porto com 439 migrantes resgatados a bordo em diversas operações nos últimos dias.
"Todos os nossos pedidos a Malta para um porto de desembarque seguro foram ignorados ou negados", explicaram nas redes sociais.
A diretora médica do Geo Barents, Alice Serracchieri, explicou que a situação é dramática porque "as pessoas a bordo estão cansadas e exaustas pela longa viagem marítima e pela permanência na Líbia caracterizada pela violência e tortura".
"Após o exame médico realizado a bordo, encontramos pessoas traumatizadas ou com doenças crónicas. As más condições climatéricas dos últimos dias aumentaram o desconforto geral das pessoas a bordo", acrescentou.
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