Conselho de Segurança ucraniano garante que "não há motivos para pânico"
O secretário do Conselho de Segurança Nacional e Defesa da Ucrânia disse hoje que "não há motivos para pânico", apesar da tensão na fronteira com a Rússia, e apelou à comunicação social para reduzir "a retórica de guerra".
© Getty Images
Mundo Ucrânia
"Até agora não há motivo para pânico e peço a todos que fiquem calmos", referiu Oleksiy Danilov, após uma reunião extraordinária deste órgão.
O responsável garantiu que Kiev está "plenamente ciente" do que está a acontecer e que o governo tem "o controlo absoluto".
"A situação é difícil? Sim, é difícil, mas quero lembrar que a situação está assim desde 2014", afirmou, citado pela agência EFE.
"Temos apenas um país, não vamos entregá-lo a ninguém e a vitória será nossa", atirou ainda Danilov, que pediu à comunicação social para diminuir a "retórica de guerra".
Estas declarações estão em sintonia com outras mensagens divulgadas por autoridades europeias sobre a ausência de ameaça a um "ataque iminente" da Rússia à Ucrânia, apesar do recente reforço militar russo na fronteira com o país vizinho.
O alto representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell, referiu hoje que não há um sentimento de "ataque iminente" à Ucrânia.
E garantiu que há uma "completa sintonia" entre os 27 Estados-membros de que não é necessário tomar "medidas preventivas".
O secretário do Conselho de Segurança Nacional e Defesa realçou que a partida em massa de pessoal diplomático estrangeiro da Ucrânia "não se tem observado" e que apenas três embaixadas - Estados Unidos, Reino Unido e Austrália - anunciaram a intenção de iniciar a retirada.
Os chefes da diplomacia da União Europeia, reunidos hoje em Bruxelas, reiteraram o seu "apoio inabalável" à soberania e integridade territorial da Ucrânia e voltaram a advertir a Rússia de que qualquer agressão militar terá "consequências maciças".
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai participar hoje numa "videoconferência segura" sobre a situação na Ucrânia, com vários líderes europeus, às 20:00 GMT (mesma hora em Lisboa), indicou a Casa Branca.
O tom entre os Estados Unidos e os aliados, refere a agência noticiosa France Presse (AFP), parece estar agora a divergir ligeiramente, depois de Washington falar de uma possível invasão da Ucrânia "a qualquer momento" e de anunciar a retirada de parte do pessoal da sua embaixada em Kiev, o que foi seguido pelo Reino Unido e Austrália.
Alguns líderes europeus estão a exigir explicações para o que consideram ser uma "dramatização possivelmente excessiva" dos Estados Unidos.
A Ucrânia e a NATO têm denunciado, nos últimos meses, a concentração de um grande número de tropas russas perto da fronteira ucraniana, considerando tratar-se da preparação de uma invasão.
Os ocidentais receiam uma invasão russa do território do país vizinho, como a de 2014 que culminou na anexação da península ucraniana da Crimeia.
O Kremlin (Presidência russa) rejeita ter uma intenção bélica nestas manobras.
Leia Também: Ucrânia. Governo em contacto com portugueses e desaconselha viagens
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com