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Republicano defende-se das declarações polémicas sobre afro-americanos

O líder da minoria republicana no Senado norte-americano, Mitch McConnell, defendeu-se na sexta-feira das suas polémicas declarações sobre o voto das minorias, como dos eleitores afro-americanos, considerando as críticas de que foi alvo como "ultrajantes".

Republicano defende-se das declarações polémicas sobre afro-americanos
Notícias ao Minuto

06:35 - 22/01/22 por Lusa

Mundo EUA

"Nunca fui acusado deste tipo de coisas antes. É doloroso e ofensivo. Acho que alguns dos críticos sabem que são totalmente sem sentido", referiu.

Na quarta-feira, Mitch McConnell deu uma conferência de imprensa em Washington cujo conteúdo causou protestos das redes sociais.

Mitch McConnell referiu que "os eleitores afro-americanos estão a votar numa percentagem tão alta quanto os norte-americanos".

No mesmo dia, o republicano desferiu ainda um ataque violento ao Presidente dos Estados Unidos Joe Biden rejeitando as propostas de mudar regras parlamentares para aprovar leis de proteção do voto das minorias.

Na sexta-feira, o líder dos republicanos no Senado explicou que devia ter usado a palavra "todos" ao invés de "norte-americanos".

McConnell defendeu-se ainda lembrando que participou na marcha durante o feriado nacional nos EUA, de aniversário de Martin Luther King.

E realçou que ajudou a organizar uma marcha pelos direitos cívicos no Capitólio do Estado de Kentucky e que esteve presente quando o Presidente Lyndon Johnson assinou a Lei dos Direitos de Voto, em 1965.

O republicano rejeitou as preocupações entre os democratas de que as leis estatais em todo o país estão a procurar privar o voto das minorias, apontando uma participação recorde de todos os eleitores nas presidenciais de 2020.

Para McConnell, a Lei do Direito ao Voto ainda é lei e as preocupações com leis estatais específicas em relação ao voto podem ser resolvidas pelo sistema judicial.

Os senadores dos EUA estão a debater propostas legislativas sobre as eleições no país, considerada vital pelos democratas e líderes dos direitos civis para proteger a democracia, mas que deve ser derrotada sem uma alteração do designado 'filibuster'.

Apesar de pressões de última hora de Biden, há dois senadores eleitos pelos democratas - Kyrsten Sinema, do Estado do Arizona, e Joe Manchin, da Virgínia Ocidental -- que impedem a mudança das regras de votação no Senado, para impedir os republicanos de recorrerem ao 'filibuster' para bloquear a votação daquela legislação.

O 'filibuster' designa uma ação que visa adiar ou impedir uma votação. Antes de 1917, o Senado não tinha regras para acabar debates prolongados e forçar uma votação. Nesse ano, aprovou uma regra para acabar com o 'filibuster' se houvesse dois terços dos senadores com essa vontade, quantidade reduzida para três quintos em 1975.

A discussão acontece quando os democratas estão a avisar que os Estados liderados pelos republicanos estão a aprovar leis que dificultam a votação dos negros e outros grupos sociais, através da redução do número de assembleias de voto, da exigência de tipos específicos de identificação e outras alterações.

A proposta legislativa designada Liberdade para Votar: Lei John R. Lewis combina propostas anteriores em um pacote legislativo que pretende tornar o dia da votação um feriado nacional, garantir o acesso a votação antecipada e por correspondência -- que se tornaram muito populares com a pandemia do novo coronavirus -- e autorizar o Departamento de Justiça a atuar em Estados com uma história de interferência nas eleições, entre outras medidas.

Tanto Manchin como Sinema dizem que apoiam o pacote, que já foi aprovado na Câmara dos Representantes, mas não querem alterar as regras de votação no Senado, de forma a eliminar a resistência dos republicanos.

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