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Ciro Gomes lança pré-candidatura à presidência do Brasil

Ciro Gomes, político de centro esquerda e ex-governador do estado do Ceará, lançou hoje sua pré-candidatura à Presidência do Brasil numa cerimónia em Brasília em que fez duras críticas aos possíveis adversários Jair Bolsonaro e Luís Inácio Lula da Silva.

Ciro Gomes lança pré-candidatura à presidência do Brasil
Notícias ao Minuto

23:02 - 21/01/22 por Lusa

Mundo Brasil

Gomes, que já concorreu ao cargo três vezes à Presidência do Brasil, adotou como slogan em sua pré-campanha o tema "rebeldia da esperança", lançado nesta sexta-feira oficialmente por ele e pelo Partido Democrático Trabalhista (PDT).

Nas redes sociais, Gomes explicou que "rebeldia sem esperança é rebeldia sem causa. Esperança sem rebeldia é sonho que nasce moribundo. Mas quando se juntam rebeldia, esperança e um novo Projeto Nacional de Desenvolvimento está firmada a corrente capaz de eletrizar o Brasil e levá-lo adiante."

No lançamento de sua candidatura, o político afirmou que Bolsonaro, atual Presidente do Brasil e possível candidato à reeleição, é responsável por uma "política genocida" na pandemia que matou mais de 621 mil pessoas no país.

Gomes também atacou o ex-presidente e líder das sondagens de intenção de voto sobre as presidenciais brasileiras, Lula da Silva, frisando que o antigo governante teria privilegiado os ricos na formulação de políticas económicas adotadas em seus governos.

O pré-candidato do PDT também se referiu ao ex-juiz da operação Lava Jato e pré-candidato, Sergio Moro, que aparece em terceiro lugar nas sondagens, como "inimigo da República."

Falando sobre suas propostas, Gomes destacou que pretende mudar sistema tributário do país e cobrar taxas das famílias com "grandes fortunas" e "impostos sobre lucros e dividendos [das empresas]. É uma pouca vergonha os pobres e a classe média pagarem mais impostos do que os ricos."

O pré-candidato também disse que se eleito trabalhará para reverter uma legislação criada no governo do ex-presidente Michel Temer para conter elevação da dívida pública chamada de lei do teto de gastos, que na prática impõe limites para os gastos anuais do Governo central brasileiro.

Gomes também firmou que mudará a política de preços e de gestão da Petrobras, empresa controlada pelo Governo, mas que tem capital misto e ações em bolsas de valores negociadas no Brasil e no exterior, que atualmente adota sistema de paridade dos preços locais com o mercado internacional.

Em razão da desvalorização da moeda brasileira e do cenário internacional a Petrobras tem elevado seguidamente o valor dos combustíveis no país e impulsionado uma reação em cadeia que também influencia a inflação.

Ciro Gomes foi candidato à Presidência nas eleições de 1998, 2002 e 2018, e atualmente trabalha para criar uma frente de centro-esquerda que rompa a clara polarização entre Bolsonaro e Lula da Silva nas eleições de 2022.

A mais recente sondagem sobre as presidenciais brasileiras foi divulgada pela Quaest/Genial em 12 de janeiro atribuiu a Lula da Silva uma intenção de voto de 45%, ante os 23% que Bolsonaro obteria. Gomes ficou em quarto lugar, com 5%, abaixo do ex-juiz Sergio Moro, que teria 9% do apoio.

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