Hungria acusa Bruxelas de reter 7.000 milhões de fundos de recuperação
O Governo da Hungria acusou hoje a Comissão Europeia (CE) de reter os fundos de recuperação que lhe correspondem, de cerca de 7.000 milhões de euros, por razões políticas e sem que existam bases legais para o fazer.
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Mundo Comissão
"A CE não tem qualquer base para reter, por razões políticas, os fundos de recuperação (pós-covid)", afirmou o ministro da Economia húngaro, Mihály Varga, num comunicado divulgado após a reunião do Conselho de Assuntos Económicos e Financeiros (ECOFIN).
A situação, acusa o Governo húngaro, viola a liberdade de concorrência, uma vez que alguns países receberam fundos já no ano passado, enquanto a Hungria e outros três não tiveram acesso aos mesmos.
A CE alertou que era pouco provável que em 2021 pudesse aprovar os planos de recuperação de países como a Hungria e a Polónia, que têm processos abertos em Bruxelas desencadeados por falta de respeito pelo Estado de direito.
O desembolso das verbas dos fundos de recuperação para a Hungria, no montante de cerca de 7.000 milhões de euros, foi suspenso depois de Bruxelas ter considerado insatisfatórias as respostas recebidas do governo do ultranacionalista Viktor Orbán sobre vários procedimentos.
O ministro da Economia repetiu hoje a interpretação húngara de que a UE está a punir o país por ter aprovado uma lei chamada "defesa de menores", que segundo os seus críticos é homofóbica, ligando os homossexuais à pedofilia.
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