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Moscovo quer respostas "concretas" a propostas feitas nas conversações

A Rússia pretende dos Estados Unidos respostas "concretas" às suas propostas feitas na semana passada sobre a crise ucraniana, declarou hoje o chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, ao seu homólogo norte-americano Antony Blinken.

Moscovo quer respostas "concretas" a propostas feitas nas conversações
Notícias ao Minuto

17:25 - 18/01/22 por Lusa

Mundo Ucrânia

No decurso de um contacto telefónico com Blinken, Lavrov exigiu "comentários concretos, artigo por artigo" e "no mais breve prazo possível", aos dois projetos de tratados apresentados por Moscovo, onde se solicita designadamente um compromisso da NATO sobre o não alargamento em direção a leste, declarou em comunicado o ministério russo dos Negócios Estrangeiros.

Os dois diplomatas também abordaram a "possibilidade de prosseguimento dos contactos num futuro próximo", acrescentou o ministério russo.

De acordo com o diário russo Kommersant, os dois ministros concordaram encontrar-se em Genebra (Suíça), na próxima sexta-feira, mas Moscovo e Washington não confirmaram no imediato.

De acordo com o Departamento de Estado norte-americano, nesse telefonema Antony Blinken "sublinhou a importância de procurar uma via diplomática para aliviar as tensões decorrentes da concentração profundamente perturbadora de tropas russas na Ucrânia".

Estas discussões surgem num contexto de fortes tensões em torno da Ucrânia, com Kiev e os seus aliados ocidentais e acusarem a Rússia de uma concentração maciça de tropas junto à fronteira comum na perspetiva de uma eventual invasão.

A Rússia tem desmentido qualquer intenção bélica, mas formulou diversas exigências, que se destinam a garantir a sua própria "segurança".

Para além de um tratado que proíba qualquer nova expansão da NATO em direção a leste, em particular à Ucrânia e Geórgia, a Rússia pretende que os norte-americanos e seus aliados renunciem a manobras e deslocamentos militares na Europa de leste.

Estas reivindicações continuam a ser consideradas inaceitáveis pelos ocidentais.

Em Washington, o Departamento de Estado anunciou que Blinken se desloca à Ucrânia esta semana para um encontro com o Presidente Volodymyr Zelenski, numa viagem que não estava programada e destinada a demonstrar o apoio dos EUA na sequência das inconclusivas conversações diplomáticas que decorreram na passada semana entre Moscovo e países ocidentais, incapazes de solucionar os profundos desacordos sobre a Ucrânia e outras questões de segurança.

E em Moscovo, o vice-ministro da Defesa, Alexander Fomin, confirmou o envio de tropas do extremo leste do país para a Bielorrússia, onde vão participar em exercícios militares, o que implica uma nova concentração de tropas junto das fronteiras ucranianas.

Fomin, indicou que estas manobras se destinam a fornecer uma resposta conjunta a potenciais ameaças externas por parte dos dois aliados, que mantêm estreitas relações políticas, económicas e militares.

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