NATO e Kiev assinam acordo de cooperação cibernética após ataque

A NATO e a Ucrânia assinaram hoje um acordo que amplia e fortalece a cooperação contra ataques cibernéticos, três dias depois do ciberataque sofrido por aquele país do leste europeu contra os 'sites' do Governo na Internet.

NATO volta a reunir-se após encontro com homólogo ucraniano

© Reuters

Lusa
17/01/2022 22:38 ‧ 17/01/2022 por Lusa

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O acordo foi assinado hoje na sede da Aliança Atlântica em Bruxelas pela embaixadora ucraniana na NATO, Natalia Galibarenko, e Ludwig Decamps, chefe da Agência de Comunicações e Informações da NATO (NCI).

"Como parte deste acordo renovado, vamos aprofundar a nossa colaboração com a Ucrânia para ajudá-la a modernizar os seus serviços de tecnologia da informação e comunicações, ao mesmo tempo em que identificamos áreas onde a formação de pessoal pode ser precisa", observou Ludwig Decamps.

O belga atentou que os especialistas da NCI "estão prontos para prosseguir com a parceria", que considerou "essencial".

"Com o apoio da NATO, planeamos introduzir tecnologias e serviços de informação mais modernos no sistema de comado e controlo das Forças Armadas da Ucrânia", disse Natalia Galibarenko, citada em comunicado.

No domingo, a Ucrânia afirmou ter "evidências" do envolvimento da Rússia no ataque ocorrido na última semana, num contexto de amplificação das tensões entre os dois países.

O ataque cibernético, realizado na noite de quinta (13 de janeiro) para sexta-feira (14 de janeiro), teve como alvo os 'sites' na Internet de vários ministérios ucranianos, que permaneceram inacessíveis por várias horas.

Na sexta-feira, o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, condenou o ciberataque sofrido pela Ucrânia.

"Condeno veementemente os ataques cibernéticos contra o Governo ucraniano", disse Stoltenberg num comunicado, acrescentando que a NATO vem trabalhando "de perto com a Ucrânia há anos para ajudar a aumentar as suas defesas cibernéticas".

Kiev anunciou sexta-feira ter sofrido um ciberataque, na noite de quinta-feira, contra várias páginas governamentais na Internet - incluindo as do Gabinete de Ministros e do Ministério dos Negócios Estrangeiros - mas garantiu que os dados pessoais dos cidadãos estão seguros e não foram afetados.

Stoltenberg lembrou que os especialistas cibernéticos da NATO em Bruxelas "têm trocado informações com os seus colegas ucranianos sobre as atuais atividades cibernéticas maliciosas" e que especialistas aliados naquele país "também estão a apoiar as autoridades ucranianas no terreno".

O ataque cibernético ocorre no meio de um clima de escalada de tensões entre Kiev e Moscovo, que concentrou um número significativo de forças militares russas ao longo das fronteiras ucranianas.

A Ucrânia e os seus aliados ocidentais acusaram repetidamente equipas de piratas informáticos russos de realizar ataques coordenados contra a sua infraestrutura estratégica, o que Moscovo nega.

Leia Também: Bielorrússia anuncia manobras militares conjuntas com a Rússia

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