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Pelo menos 10 civis mortos em ataque de grupo rebelde na RDCongo

Pelo menos dez civis foram mortos num ataque perpetrado na noite de sábado por rebeldes da Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo (Codeco) no nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo), segundo fontes da sociedade civil.

Pelo menos 10 civis mortos em ataque de grupo rebelde na RDCongo
Notícias ao Minuto

12:45 - 17/01/22 por Lusa

Mundo RDCongo

"Os atacantes usaram machetes para cometer o seu crime contra a população civil. Outros foram mortos por tiros", disse Jean Bosco Lalo, coordenador de grupos da sociedade civil na província de Ituri, onde o ataque teve lugar, na cidade de Muku-Kikonyange, citado pela agência de notícias espanhola, Efe.

"O sistema de alerta que conseguimos instalar em cada aldeia foi ativado, mas o exército chegou muito mais tarde, o que é dececionante. Não sabemos se o nosso exército está a acompanhar estes milicianos ou a neutralizá-los", queixou-se Lalo.

A Codeco é um grupo rebelde pouco conhecido que nasceu em 2018 com o objetivo de combater os abusos do exército, embora tenha cometido numerosos assassinatos de civis.

Em meados de novembro, rebeldes suspeitos de pertencerem à Codeco atacaram várias colónias de deslocados nesta região e mataram dezenas de pessoas, ações condenadas pela Agência das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).

De acordo com o Barómetro de Segurança Kivu (KST), a Codeco matou pelo menos 400 pessoas em 147 ataques desde abril de 2021, tornando-o hoje a segunda milícia mais mortífera da região.

Ituri e as províncias vizinhas do Kivu do Norte registaram um aumento no número de ataques rebeldes e mortes de civis no ano passado, levando o governo congolês a declarar o estado de sítio no final de abril.

Apesar desta medida e de uma maior presença militar na região, o Congo Research Group, um projeto de investigação independente sobre o país, contabilizava, no final de outubro, mais de mil civis mortos desde abril.

Desde 1998, o leste da RDCongo tem estado atolado em conflitos alimentados por milícias rebeldes e ataques de soldados do exército, apesar da presença da missão de manutenção da paz das Nações Unidas (MONUSCO), que enviou mais de 14.000 soldados.

A ausência de alternativas e de meios de subsistência estáveis levou milhares de congoleses a pegar em armas e, segundo o KST, esta região é um campo de batalha para pelo menos 122 grupos rebeldes.

Leia Também: RDCongo devolveu cerca de cem ruandeses que fugiram à vacinação

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