Secretário-geral da Fretilin declara apoio à recandidatura do Presidente
O secretário-geral da Fretilin, maior partido timorense, comprometeu hoje o seu apoio político-institucional e a disponibilidade da "máquina" partidária para apoiar a "oportuna e sábia" decisão do atual Presidente de se recandidatar.
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Mundo Timor-Leste
"Na qualidade de secretário-geral e líder da Fretilin, felicito a oportuna e sábia decisão do Presidente da República em se recandidatar para mais um mandato nas mesmas funções que tem vindo a exercer com determinação e independência", referiu Mari Alkatiri numa declaração enviada à Lusa.
"Reafirmo todo o apoio político-institucional da Fretilin a esta recandidatura e toda a disponibilidade de colocar a máquina e os meios disponíveis da Fretilin neste apoio, incluindo os atributos no sentido de se garantir um apoio total, um apoio merecido e por direito próprio do candidato Lú-Olo", escreveu.
O texto coincide com o anúncio formal feito hoje pelo ainda presidente da Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente (Fretilin) e atual chefe de Estado, Francisco Guterres Lú-Olo, na vila de Ermera, a sudoeste da capital, de que se vai recandidatar ao cargo nas eleições marcadas para 19 de março.
No texto de "apoio à recandidatura", enviado à Lusa, o secretário-geral da Fretilin justificou a decisão de apoio a Lú-Olo, numa altura em que há sinais de que outros membros do partido se deverão candidatar, como é o caso do atual comandante das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), Lere Anan Timur.
"Tudo farei para unir todos os quadros e militantes da Fretilin neste apoio, de modo a se iniciar um movimento com clara dinâmica de entendimento amplo, de abertura e inclusão, abrindo espaços para a construção de uma plataforma de forma de entendimento mais alargado, mais inclusivo e de caráter nacional, independentemente das filiações político-partidárias de cada apoiante", considerou.
Entre os argumentos, Alkatiri apontou os "valores e princípios pelos quais os nossos maiores se bateram até ao sacrifício das suas próprias vidas" e a necessidade de "consolidar o Estado de Direito Democrático.
Alkatiri diss estar ainda "determinado a consolidar as condições objetivas e subjetivas para pôr fim ao poder unipessoal exercido por figuras mistificadas, encobertas sobre a capa de uma nostalgia doentia" e a necessidade de "reafirmar o sentido de Pátria amada de modo a reforçar a identidade" do povo timorense.
A candidatura, considerou Alkatiri, responde às "aspirações de todo o povo" e às reivindicações de todos os setores da sociedade que reclamam "direitos de participação em todo o processo".
Surge, sublinhou, "perante a visível permanente necessidade de se pôr fim aos sucessivos ciclos de crises político-institucionais" e de se avançar "no caminho da afirmação de um verdadeiro Estado de Direito Democrático como Instituição Pública maior com vida e cultura institucionais próprias, vida e cultura a superar egoísmos de grupos ou de indivíduos".
Alkatiri reconheceu a "forma corajosa e independente" do atual chefe de Estado no exercício do mandato.
A primeira volta das eleições presidenciais decorre a 19 de março, com as candidaturas a terem que ser apresentadas até 04 de fevereiro e a campanha a decorrer na primeira quinzena de março.
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