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Biden vai receber democratas opositores de alteração de regras no Senado

O Presidente dos EUA, Joe Biden, vai receber nas próximas horas dois senadores democratas que estão a bloquear alterações a regras internas do Senado essenciais para conseguir aprovar a reforma eleitoral defendida pela Casa Branca.

Biden vai receber democratas opositores de alteração de regras no Senado
Notícias ao Minuto

06:47 - 14/01/22 por Lusa

Mundo Biden

O Presidente dos EUA, Joe Biden, vai receber nas próximas horas dois senadores democratas que estão a bloquear alterações a regras internas do Senado essenciais para conseguir aprovar a reforma eleitoral defendida pela Casa Branca.

Biden visitou na quinta-feira o Capitólio, para tentar unir os senadores democratas à volta de uma alteração de regras do Senado que pode ultrapassar um impasse provocado pelos republicanos à volta de uma reforma eleitoral que pretende facilitar o acesso ao voto por parte de minorias.

Contudo, na sua visita, Biden deparou-se com a resistência de alguns senadores democratas, que mostraram não concordar com as alterações das regras internas no Senado, que permitiam a aprovação de alguma legislação sem o recurso a uma maioria qualificada de 60 votos em 100.

As regras atuais exigem 60 votos para conseguir aprovar a maior parte da legislação -- um limite que os democratas do Senado não podem cumprir sozinhos, já que apenas dispõem de uma "maioria" de 50 a 50, com a vice-Presidente, Kamala Harris, a desempatar com o seu voto de qualidade.

Biden patrocinou uma proposta que procura alterar estas regras, mas precisa de convencer alguns senadores republicanos e da totalidade dos votos dos democratas.

Mas a senadora democrata do Arizona Kirsten Sinema e o senador democrata Joe Manchin, da Virgínia Ocidental, fizeram sentir a Biden que não poderia contar com o seu voto, alegando que a sua bancada deve encontrar outras formas de contornar a oposição republicana à reforma da lei eleitoral.

Horas depois de abandonar o Capitólio, o Presidente anunciou que nas próximas horas (noite de quinta-feira em Washington, madrugada de hoje em Portugal) irá receber Sinema e Manchin, para discutir com eles, de novo, as alterações às regras do Senado e a importância de facilitar o acesso ao voto por parte das minorias.

Sem a alteração das regras do Senado, os democratas dificilmente conseguirão fazer aprovar os dois projetos de lei que procuram favorecer o acesso ao voto por parte das minorias.

"Uma coisa é certa, como todos os outros grandes projetos de direitos civis que surgiram, se erramos na primeira vez, podemos voltar e tentar uma segunda vez", disse Biden no final do seu encontro no Capitólio.

Depois de ouvir os argumentos do Presidente, Kirsten Sinema verbalizou o seu desagrado com a possibilidade de alterar as regras do Senado, considerando que essa não pode ser a solução para fazer passar as propostas legislativas do seu partido.

"Devemos lidar com a doença em si, a doença da divisão, para proteger a nossa democracia", disse Sinema, que foi secundada pela posição de Joe Manchin.

Desde que assumiram o controlo do Congresso e da Casa Branca, no ano passado, os democratas prometeram neutralizar uma onda de novas leis estaduais, inspiradas nas falsas alegações do ex-presidente Donald Trump de que as eleições tinham sido "roubadas".

Mas estes esforços foram travados no Senado, profundamente dividido, onde Biden precisaria de cativar votos dos republicanos, mas onde nem sequer conseguiu o pleno na bancada democrata.

Na terça-feira, Biden fez um discurso inflamado, em Atlanta, comparando os opositores à legislação a figuras históricas racistas e dizendo aos senadores renitentes que serão "julgados pela História".

Perante a incapacidade de alterar as regras do Senado, os democratas analisam agora uma estratégia para contornar o bloqueio dos republicanos, tentando forçar um confronto dos adversários políticos com a opinião pública, alegando que é preciso tornar a democracia norte-americana mais transparente, incluindo o mais fácil acesso ao voto por parte das minorias.

Contudo, os republicanos já disseram que não estão disponíveis para modificar as leis eleitorais, considerando que a estratégia da Casa Branca é um "exagero de interferência federal", que infringe a autonomia dos governos estaduais para conduzir as suas eleições.

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