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Coronel sírio condenado à prisão perpétua por crimes contra a humanidade

Tribunal alemão condenou hoje Anwar Raslan, num veredito histórico, no julgamento de um antigo coronel dos serviços secretos sírios, acusado de crimes contra a humanidade. É o primeiro caso mundial relacionado com abusos cometidos pelo regime de Bashar al-Assad.

Coronel sírio condenado à prisão perpétua por crimes contra a humanidade
Notícias ao Minuto

10:27 - 13/01/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Anwar Raslan

Um tribunal alemão condenou um coronel do exército sírio à prisão perpétua no primeiro julgamento de tortura contra o regime do presidente Bashar al-Assad no mundo, disse, esta quinta-feira, o Centro Europeu de Direitos Humanos e Constitucionais em Koblenz.

Anwar Raslan, de 58 anos, um alto funcionário do regime, chefiou uma unidade de investigação num centro de detenção de Damasco conhecido como Branch 251. Foi acusado de cumplicidade em pelo menos quatro mil casos de tortura, dezenas de homicídios e três casos de agressão sexual e violação, entre 29 de abril de 2011 e 7 de setembro de 2012.

Na primeira parte deste julgamento, que é seguido de perto pela grande comunidade síria no exílio, o Tribunal Regional Superior de Koblenz condenou Eyad al-Gharib, antigo membro dos serviços de informação, a quatro anos e meio de prisão.

Raslan é o mais alto funcionário do regime a ser punido por tortura, execuções extrajudiciais e agressão sexual, crimes que se acreditam ter sido cometidos por membros do regime de Assad.

Quase 11 anos após o início da revolta popular na Síria, esta é a primeira vez no mundo que um tribunal de Justiça examina os crimes atribuídos ao regime sírio e repetidamente documentados por ativistas sírios e organizações não-governamentais.

Raslan permaneceu em silêncio durante todo o julgamento que teve início a 23 de abril de 2020. Contudo, em maio de 2020, os seus advogados leram uma declaração escrita na qual o ex-oficial negava o seu alegado envolvimento na morte e tortura dos detidos.

Desde então, os seus defensores têm argumentado que o coronel desertou em 2012 e tentou poupar os prisioneiros.

Leia Também: Veredito histórico sobre sírio acusado de crimes contra a humanidade 

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