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Bolsonaro anuncia que não irá à tomada de posse de Gabriel Boric no Chile

O chefe de Estado brasileiro, Jair Bolsonaro, anunciou hoje que não comparecerá à tomada de posse do Presidente eleito do Chile, o esquerdista Gabriel Boric, em 11 de março.

Bolsonaro anuncia que não irá à tomada de posse de Gabriel Boric no Chile
Notícias ao Minuto

23:54 - 12/01/22 por Lusa

Mundo Brasil

"Não vou entrar em detalhes porque não vou criar problemas nas relações internacionais. O Brasil está indo muito bem com todo o mundo. Temos de ver quem vai à tomada de posse do novo Presidente do Chile. Eu não irei", disse o chefe do Estado brasileiro, regularmente conotado com a extrema-direita, em entrevista ao canal Gazeta Brasil.

O deputado Boric venceu o candidato da extrema-direita José Antonio Kast na segunda volta das eleições chilenas, em 19 de dezembro último, com 55,8% dos votos, quase 12 pontos a mais do que seu rival.

O Governo de Bolsonaro só felicitou o jovem Presidente eleito quatro dias depois, numa breve nota em que lhe desejou "êxito no desempenho de seu mandato", reafirmando "a solidez dos laços de amizade e cooperação" entre as duas nações.

Bolsonaro chegou a abordar brevemente a vitória do ex-líder estudantil progressista numa das suas tradicionais transmissões nas redes sociais, em que declarou que "praticamente metade da população" chilena "se absteve, não foi votar".

Bolsonaro também se referiu ao Presidente eleito como "esse tal Boric".

Mais incisivo foi um dos filhos de Bolsonaro, o deputado federal Eduardo Bolsonaro, que em 22 de dezembro passado sugeriu que Boric levará o país a uma situação semelhante à que a Venezuela chegou com Nicolás Maduro.

"Permitam-me não opinar, mas sim relatar alguns factos sobre Gabriel Boric, 35 anos, para que conheçamos melhor o Presidente eleito do Chile", escreveu o polémico deputado brasileiro.

"Desde o ensino secundário, em 1999, ele milita como líder estudantil. Abandonou a faculdade de Direito para 'se dedicar à política'", acrescentou com certa ironia, acrescentando que "colaborou nas agitações de 2019 no Chile, que tiveram muita violência, destruição e incêndios", completou.

Eduardo Bolsonaro acompanhou esses comentários com algumas mensagens antigas em que Boric elogiava Nicolás Maduro, cujo Governo é considerado uma "ditadura" pelo Executivo brasileiro.

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