Uma funcionária iraniana do centro cultural britânico British Council, detida em Teerão e depois condenada a 10 anos de prisão por espionagem, foi libertada e já viajou para o Reino Unido, informou hoje a organização britânica.
Até ao momento, as autoridades do Irão não se pronunciaram sobre a libertação da iraniana Aras Amiri.
O British Council explicou que um recurso que os seus advogados apresentaram ao Supremo Tribunal do Irão foi bem-sucedido. Aras Amiri trabalhava no escritório da organização britânica em Londres.
"Sempre refutámos as acusações feitas contra Aras", disse o British Council num comunicado.
"Estamos muito orgulhosos do seu trabalho no nosso escritório em Londres como responsável do programa de artes, ao apoiar uma maior compreensão e apreciação da cultura iraniana no Reino Unido", referiu a organização britânica.
Em Teerão, o seu advogado, Hojjat Kermani, confirmou que Amiri tinha sido libertada numa entrevista à agência de notícias Associated Press (AP).
Kermani declarou que o Supremo Tribunal do Irão determinou que a sua condenação por espionagem no Tribunal Revolucionário do país era "contra a 'sharia' [lei islâmica]", sem fornecer mais detalhes.
Kermani disse que Aras Amiri, que deixou Teerão na segunda-feira, tinha saído da prisão há alguns meses e apelou de uma proibição de viajar.
O Irão anunciou a condenação de Amiri em 2019. As autoridades iranianas acusaram-na de espiar as atividades culturais no Irão.
O British Council disse que a funcionária iraniana viajou para Teerão para visitar a família, numa viagem particular que não envolvia o seu trabalho na organização. A organização tem uma rede de institutos culturais britânicos em 107 país, que não incluem o Irão.
Leia Também: Chefes da diplomacia da Turquia e do Irão visitam a China
