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Colombiano é o 1.º no país a recorrer à eutanásia sem doença terminal

Victor Escobar é, também, o primeiro paciente da América Latina a ser legalmente eutanasiado sem ter uma doença terminal.

Notícias ao Minuto

08:08 - 12/01/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Eutanásia

Depois de anos de luta judicial, Victor Escobar tornou-se, na sexta-feira, a primeira pessoa na Colômbia e na América Latina a recorrer à eutanásia sem que tivesse uma doença terminal.

“Alcançámos o objetivo para doentes como eu, que não são terminais, mas degenerativos, para ganharem esta batalha. Uma batalha que abre a porta para outros pacientes que venham depois de mim e que, agora, querem uma morte digna”, disse Escobar, numa mensagem transmitida aos meios de comunicação social pelo seu advogado, Luis Giraldo Montenegro, citado pela Reuters.

O colombiano, de 60 anos, que tinha sido alvo de dois acidentes vasculares cerebrais que pioraram a sua condição, sofria de doença pulmonar obstrutiva crónica e estava dependente de oxigénio. O seu desejo de ser eutanasiado aconteceu numa clínica em Cali, capital da província de Valle del Cauca.

“Não é um adeus, é um ‘até já’”, assegurou Escobar.

Escobar lutou dois anos contra a oposição de médicos, clínicas e tribunais, ainda que o Tribunal Constitucional (TC) colombiano tivesse reconhecido, no ano passado, que o procedimento não deveria de estar disponível apenas para os pacientes com doença terminal.

No dia seguinte à morte de Escobar, Martha Sepulveda, que vivia com esclerose lateral amiotrófica (ALA), também conhecida como doença de Lou Gehrig, foi eutanasiada em Medellin. O procedimento de Sepulveda já teria sido marcado para 10 de outubro do ano passado, mas, na altura, acabou por ser cancelado.

Recorde-se que o TC do país permitiu a eutanásia em certas circunstâncias em 1997, regularizando o procedimento em 2014. Um ano depois, morreu a primeira pessoa na Colômbia com recurso à eutanásia legal. Até 15 de outubro do ano passado, 178 pessoas com doença terminal foram eutanasiadas no país desde que o procedimento foi legalizado, segundo o grupo DescLAB.

Leia Também: Eutanásia psiquiátrica. Entenda a prática polémica e onde é permitida

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