Meteorologia

  • 16 ABRIL 2024
Tempo
13º
MIN 13º MÁX 26º

Embaixador em Moscovo oferece a Putin retrato com asas de borboletas

A República Centro-Africana (RCA) ofereceu ao presidente da Federação Russa, Vladimir Putin, o seu retrato com asas de borboleta, uma prenda tradicional que ilustra as relações cada vez mais estreitas entre Moscovo e Bangui.

Embaixador em Moscovo oferece a Putin retrato com asas de borboletas
Notícias ao Minuto

23:45 - 11/01/22 por Lusa

Mundo Rússia

O embaixador da RCA em Moscovo, Léon Dodonou-Pounagaza, informou que tinha transmitido ao chefe do Kremlin "um grande retrato seu composto por asas de borboletas", durante uma entrevista à agência noticiosa russa Ria-Novosti, divulgada hoje.

Na RCA, os quadros com asas de borboletas são um artesanato ambicionado, que faz viver numerosos caçadores de lepidópteros nas florestas do país, onde estão espécies únicas no mundo.

O diplomata que, como Putin, estudou Direito na Universidade de Leninegrado, (São Petersburgo) no tempo da URSS, também ofereceu um "quadro em madeira" evocando os anos de estudos dos dois homens.

Os dois presentes foram transferidos para Putin pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros, indicou o diplomata da RCA, em posto na capital russa desde o final de 2020.

Questionado sobre o assunto, o porta-voz do Kremlin indicou hoje que ia confirmar a boa receção dos presentes e recolher as impressões do presidente russo.

A RCA tornou-se o símbolo do regresso da Rússia pós-soviética a África, desde o início, em 2018, de uma importante cooperação militar e económica entre Moscovo e o governo do presidente centro-africano, Faustin-Archange Touadéra.

Desde a sua chegada a Bangui que o grupo paramilitar russo privado Wagner não pára de subir de importância, com os seus mercenários envolvidos no combate às milícias opostas a Touadéra.

Apoiados por uma campanha de comunicação ativa das autoridades, os membros do Wagner são descritos como "instrutores" que só participam em combates se forem atracados, garantiu o Kremlin.

Considerados no país, como salvadores que permitiram recuperar o controlo da maioria das localidades, os russos são, contudo, acusados de abusos e crise de guerra por várias organizações não-governamentais.

A RCA caiu no caos e na violência em 2013, depois do derrube do ex-Presidente François Bozizé por grupos armados juntos na intitulada Séléka, o que suscitou a oposição de outras milícias, agrupadas sob a designação anti-Balaka.

Desde então, o país tem sido palco de confrontos, que obrigaram quase um quarto dos 4,7 milhões de habitantes da RCA a abandonar as suas casas.

Na RCA estão destacados 191 militares portugueses, integrados na missão da ONU no país (MINUSCA).

No âmbito da missão da União Europeia (EUTM-RCA) de formação e aconselhamento das forças de segurança e defesa, estão empenhados outros 26 militares.

Em 30 de setembro, a 10.ª Força Nacional Destacada (FND) para a RCA recebeu o Estandarte Nacional e está operacional desde 15 de novembro. O seu comandante é o tenente-coronel Jorge Pereira.

Leia Também: Putin anuncia que forças saem após o fim da missão no Cazaquistão

Recomendados para si

;
Campo obrigatório