EUA e ONU criticam sentença contra líder birmanesa e pedem a libertação
Os Estados Unidos denunciaram hoje uma nova condenação, que consideram "injusta", da ex-líder birmanesa Aung San Suu Kyi a uma sentença de quatro anos de cadeia e, tal como a ONU, pediram a sua "libertação imediata".
© Reuters
Mundo Myanmar
"A detenção, acusação e condenação injustas de Aung San Suu Kyi pelo regime militar birmanês é uma afronta à justiça e ao Estado de Direito", disse o porta-voz da diplomacia norte-americana Ned Price, em declarações aos jornalistas, pedindo a sua libertação.
Também a ONU pediu hoje a libertação imediata de Suu Kyi, hoje condenada por um tribunal a quatro anos de prisão, além dos outros dois que já estão a cumprir, no âmbito do processo judicial instaurado contra ela após o golpe de Estado de fevereiro, que levou a junta militar ao poder.
"Claramente, este não é um passo na direção certa", disse o porta-voz das Nações Unidas, Stéphane Dujarric, comentando a sentença contra Suu Kyi, considerada culpada de importação ilegal de aparelhos de telecomunicações e de violação das leis implementadas contra a pandemia.
Dujarric disse que a ONU continua a exigir a libertação de "todos aqueles que foram detidos arbitrariamente, incluindo Aung San Suu Kyi" e muitos outros presos políticos detidos após o golpe de Estado.
Para além das condenações que hoje foram conhecidas, Suu Kyi - que está detida desde o golpe militar e cumpre pena em local desconhecido - ainda enfrenta uma acusação de violação da Lei de Segredos Oficiais, que pode custar-lhe até 14 anos de prisão, e outras seis acusações de corrupção, puníveis com até 15 anos cada.
Leia Também: Comité do Nobel denuncia "julgamento político" contra Suu Kyi
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com