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Alemanha quer política comum de asilo sustentável na UE

A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, apelou hoje para uma "política comum de asilo sustentável" da União Europeia (UE), após um encontro com o seu homólogo italiano, Luigi di Maio, em Roma.

Alemanha quer política comum de asilo sustentável na UE
Notícias ao Minuto

15:01 - 10/01/22 por Lusa

Mundo Migrações

"Não podemos aceitar que pessoas estejam a morrer no Mediterrâneo. Temos de trabalhar arduamente para as fronteiras externas da UE e para uma política comum de asilo sustentável. O 'status quo' é inaceitável", disse Baerbock numa conferência de imprensa conjunta com Di Maio, citada pela agência de notícias espanhola EFE.

Numa entrevista publicada hoje pelo diário italiano La Stampa, Baerbock defendeu também que os 27 países da UE devem chegar a "uma posição partilhada" e devem estar "prontos a mostrar solidariedade e responsabilidade".

"Queremos fazer a nossa parte e trabalhar para que haja um mecanismo de distribuição justa na Europa e países como a Itália e a Grécia não sejam deixados sozinhos. Ao mesmo tempo, pretendemos expandir os canais legais para chegar à Europa e à Alemanha, por exemplo com vistos humanitários, mas também com uma lei de imigração moderna", acrescentou a ministra na entrevista.

A nova chefe da diplomacia alemã disse também que a obrigação da vacinação contra o coronavírus da covid-19 é uma medida que "faz sentido" e salientou que a "emergência climática é a maior crise" do tempo atual.

Di Maio assegurou que "a luta contra as alterações climáticas e a transição ecológica são duas das prioridades partilhadas pela Itália e pela Alemanha".

Nessa perspetiva, disse que "um dos objetivos do pacto de cooperação bilateral é a ação conjunta sobre o clima, que também deve ser prosseguida no contexto europeu".

Sobre o que está a acontecer no Cazaquistão devido à violência desencadeada face aos protestos pacíficos, a ministra alemã disse que "não é do interesse da Europa que os Estados da Ásia Central se tornem unilateralmente dependentes da Rússia ou da China".

Em relação à crise entre a Rússia e a Ucrânia, Baerbock defendeu que a "única saída para a crise é através do diálogo", mas reiterou que "uma nova violação da soberania ucraniana por parte da Rússia terá consequências graves".

A crise na fronteira da Ucrânia está hoje a ser discutida entre os Estados Unidos e a Rússia, em Genebra (Suíça), num processo sem participação da UE, apesar das declarações recentes de dirigentes europeus a reclamar esse envolvimento, dado tratar-se da segurança da Europa.

Durante a semana, a Rússia vai discutir a questão com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) na quarta-feira, em Bruxelas, e com a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), presidida atualmente pela Polónia, na quinta-feira, em Viena.

Os países ocidentais acusaram a Rússia de ter enviado dezenas de milhares de tropas para a fronteira com a Ucrânia para invadir o país, como em 2014, quando anexou a península da Crimeia.

As autoridades russas negaram qualquer intenção bélica e afirmaram sentir-se ameaçadas pelo que consideram ser provocações da Ucrânia e da NATO.

A Rússia quer que a NATO retire as suas forças para as posições que ocupava em 1997, e que se comprometa a não integrar países da Europa de Leste.

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