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Capitólio. Kamala diz que ataque reflete "fragilidade da democracia"

A vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, disse hoje que o ataque ao Capitólio, há um ano, "reflete a fragilidade da democracia" e pediu aos norte-americanos para se unirem em torno dos valores da liberdade.

Capitólio. Kamala diz que ataque reflete "fragilidade da democracia"
Notícias ao Minuto

17:39 - 06/01/22 por Lusa

Mundo Capitólio

"O ataque violento que ocorreu aqui, o mero fato de quão perto as eleições estiveram de poder ser revertidas, reflete a fragilidade da democracia", disse Harris no seu discurso no Capitólio, assinalando o primeiro aniversário do ataque perpetrado por apoiantes do ex-Presidente Donald Trump.

Harris pediu para que os norte-americanos se unam à volta dos valores da democracia e da liberdade e para que não permitam que o futuro da nação seja decidido por quem quer calar as vozes do povo.

A vice-Presidente acusou uma "fação radical" de estar por detrás dos recentes ataques à democracia, dizendo que as raízes desses fenómenos são "profundas e antigas", acusando os extremistas que há um ano invadiram o Capitólio de tentarem aniquilar aqueles que tinham sido "legitimamente eleitos".

"O que eles procuravam não era apenas degradar e destruir um edifício (...). O que eles atacavam eram as instituições, os valores, os ideais de gerações de americanos", disse Kamala Harris, mencionando um projeto de lei sobre os direitos civis, que se encontra agora para discussão no Senado.

Na sua conta da rede social Twitter, também o ex-Presidente democrata Barack Obama alertou para os riscos que corre hoje a democracia nos Estados Unidos, ilustrados pelo ataque ao Capitólio.

"Há um ano, um violento ataque ao nosso Capitólio deixou claro o quão frágil é realmente a experiência da democracia americana", escreveu Obama no Twitter.

"E embora as janelas partidas tenham sido consertadas e muitos dos agressores tenham sido levados à justiça, a verdade é que a nossa democracia enfrenta hoje um risco maior do que antes", acrescentou Obama, lamentando que "uma parte relevante dos eleitores e dos políticos eleitos" continue a acreditar nas denúncias de fraude eleitoral, repetidas por Donald Trump.

Obama disse ainda que os Estados Unidos não podem cumprir o seu papel tradicional de defensor da democracia global quando "figuras proeminentes num dos nossos dois principais partidos políticos estão a minar ativamente a democracia", referindo-se à posição do Partido Republicano.

Uma recente sondagem do Centro de Investigação de Assuntos Públicos da Associated Press-NORC revela que três em cada 10 republicanos dizem que o ataque ao Capitólio foi um episódio não violento e que também cerca de três em cada 10 dizem que foi algo violento.

De acordo com a sondagem, cerca de dois terços dos norte-americanos descreveram o dia da invasão ao Capitólio como muito ou extremamente violento, incluindo cerca de nove em cada 10 democratas.

O Presidente Joe Biden acusou hoje Trump de ser o principal responsável pelo ataque ao Capitólio, mostrando a sondagem que a percentagem de norte-americanos que culpa o ex-Presidente republicano pelos distúrbios de 06 de janeiro cresceu ligeiramente nos últimos meses, com 57% a dizerem que ele tem significativa responsabilidade pelo que aconteceu.

A perceção pública ajuda a entender por que nenhum dos líderes republicanos no Congresso dos Estados Unidos compareceu hoje aos eventos para assinalar o ataque ao Capitólio.

Tanto o líder da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell, como o líder da minoria republicana na Câmara de Representantes, Kevin McCarthy, estiveram ausentes no dia de "lembrança e reflexão" organizado pela presidente da Câmara dos Representantes, a democrata Nancy Pelosi.

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