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Biden exorta Estados Unidos a rejeitarem a "violência política"

O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, vai hoje exortar o país a rejeitar uma normalização da "violência política", segundo um trecho antecipado do discurso a proferir para assinalar o 1.º aniversário do ataque ao Capitólio.

Biden exorta Estados Unidos a rejeitarem a "violência política"
Notícias ao Minuto

11:43 - 06/01/22 por Lusa

Mundo Capitólio

"Temos de decidir hoje que nação vamos ser. Será que vamos ser uma nação que aceita a violência política como norma? (...) Seremos uma nação que permite que responsáveis partidários derrubem uma vontade legalmente expressa pelo povo? Seremos uma nação que não vive à luz da verdade, mas à sombra da mentira?", irá questionar o governante norte-americano, um ano depois da invasão da sede do Congresso norte-americano, em Washington, por apoiantes do ex-Presidente republicano Donald Trump, um acontecimento caracterizado a nível mundial como "um ataque à democracia".

"Não podemos dar-nos ao luxo de tornarmo-nos nesse tipo de nação", irá frisar Joe Biden, segundo o trecho do discurso antecipado e citado pelas agências internacionais.

Discursos políticos, em particular do Presidente Joe Biden, orações e a observação de um minuto de silêncio no edifício do Capitólio são alguns dos momentos que vão assinalar hoje o 1.º aniversário do ataque.

Na véspera da efeméride, a porta-voz da Casa Branca (Presidência dos Estados Unidos), Jen Psaki, assegurou que Biden vai denunciar no discurso de hoje "a responsabilidade (do antigo) Presidente Trump" no "caos".

Joe Biden "vê o dia 06 de janeiro [de 2021] como o culminar trágico do que quatro anos da Presidência Trump fizeram a este país", afirmou a porta-voz, numa declaração interpretada como um endurecimento das palavras da Casa Branca em relação ao ex-Presidente republicano.

No mesmo discurso, que será realizado no próprio recinto do Capitólio, em Washington, e que será acompanhado por uma intervenção da vice-Presidente norte-americana, Kamala Harris, o chefe de Estado vai igualmente lembrar que a democracia nos Estados Unidos continua frágil.

No final de dezembro passado, a presidente da Câmara de Representantes ('speaker'), a democrata Nancy Pelosi, anunciou um conjunto de iniciativas que hoje vão assinalar a efeméride: um momento de oração nas escadas do Capitólio, a observação de um minuto de silêncio e um espaço de debate dedicado aos acontecimentos daquele dia.

"Estas iniciativas pretendem ser uma observância de reflexão, recordação e compromisso, num espírito de unidade, patriotismo e oração", disse Pelosi.

O ataque à sede do poder legislativo norte-americano ficou marcado pela morte de cinco pessoas e mais de uma centena de polícias agredidos por uma multidão composta por apoiantes do ex-presidente norte-americano Donald Trump.

Cerca de 10 mil pessoas cercaram e várias centenas forçaram a entrada no Capitólio, quando os congressistas estavam a certificar o resultado das eleições presidenciais de novembro de 2020 e a vitória do atual Presidente, o democrata Joe Biden.

Cerca de 700 pessoas já foram alvo de acusações criminais e mais de 50 foram condenadas, mas, um ano depois do ataque, as autoridades norte-americanas ainda continuam na busca de muitos outros suspeitos pelos crimes associados à invasão do Capitólio.

O ex-Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, tinha uma conferência de imprensa programada para hoje, mas cancelou a iniciativa, tendo anunciado que vai abordar o tema do assalto ao Capitólio num comício em 15 de janeiro.

Leia Também: Vozes de quem esteve no ataque ao Capitólio não contam a mesma história

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