Os quatro acusados, três homens e uma mulher, com idades entre os 21 e 36 anos, foram absolvidos por um júri após um julgamento no Tribunal Criminal de Bristol.
A estátua de bronze em homenagem ao comerciante de escravos do século XVII foi derrubada, arrastada pelas ruas e atirada à água no porto de Bristol por uma multidão durante uma manifestação do movimento anti-racismo Black Lives Matter em 07 de junho de 2020.
Os quatro arguidos tinham admitido a participação no protesto, mas contestaram a natureza ilícita dos atos e declararam-se inocentes de danos com intenção criminosa, estimados em 4.100 libras (4.900 euros).
Edward Colston foi um comerciante e político do século XVII que fez fortuna a transportar africanos escravizados através do Atlântico para as Américas e que doou fundos para financiar escolas e instituições de caridade em Bristol.
Porém, o seu passado controverso originou uma petição pública com milhares de assinaturas para remover a estátua da cidade.
A estátua danificada e pintada com grafitti foi posteriormente recuperada do fundo da água e colocada em exposição no museu da cidade, onde esteve até segunda-feira.
Entretanto, a autarquia iniciou uma consulta popular para colocar outra estátua no pedestal, após ter removido uma escultura erguida durante a madrugada de 15 de julho de 2020 sem a aprovação das autoridades.
A escultura, criada por Marc Quinn e intitulada "A Surge of Power", retrata a manifestante anti-racismo Jen Reid, que o artista viu numa fotografia dos protestos de 07 de junho, quando esta subiu ao pedestal, de punho no ar, após o derrube da estátua de Colston.
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