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Novo presidente eleito pelo parlamento italiano a partir de 24 de janeiro

O Parlamento italiano vai iniciar a eleição do novo Presidente da República em 24 de janeiro, para substituir Sergio Mattarella, cujo mandato de sete anos termina em 03 de fevereiro, anunciou hoje a Câmara dos Deputados.

Novo presidente eleito pelo parlamento italiano a partir de 24 de janeiro
Notícias ao Minuto

12:37 - 04/01/22 por Lusa

Mundo Itália

A convocatória foi feita pelo presidente da Câmara dos Deputados, Roberto Fico, e abre a corrida para a eleição do novo chefe de Estado, para a qual a imprensa italiana fala no nome do atual primeiro-ministro, Mario Draghi, como o candidato favorito.

O método de eleição do Presidente da República envolve os 630 deputados e os 315 senadores das duas câmaras do Parlamento, a que se juntam representantes de 20 regiões italianas, num total de cerca de mil eleitores, segundo a agência de notícias France-Presse (AFP).

Nas três primeiras voltas da votação, é necessária uma maioria de dois terços, mas a partir da quarta volta é suficiente uma maioria simples.

A votação é por escrutínio secreto, o que levou a muitas surpresas no passado, com muitos eleitores a não hesitarem em romper com a disciplina do partido.

Sergio Mattarella, 80 anos, foi eleito numa votação que decorreu entre 29 e 31 de janeiro de 2015, só conseguindo os votos necessários (605 em 1.009 votantes) na quarta ronda.

Mesmo que as suas funções sejam em teoria essencialmente honoríficas, o Presidente da República tem um papel fundamental no caso de uma crise governamental.

Foi neste contexto que Sergio Mattarella chamou o antigo chefe do Banco Central Europeu (2011-2019), em fevereiro de 2020, para suceder a Giuseppe Conte, que tinha perdido a maioria no Parlamento.

Mario Draghi, 74 anos, está, desde então, à frente de uma ampla coligação governamental que vai desde a esquerda até à Liga de Matteo Salvini, passando pela ala direita de Silvio Berlusconi, sendo considerado o chefe de Governo mais consensual nos últimos anos.

Muitos prefeririam vê-lo permanecer como primeiro-ministro até às eleições parlamentares previstas para 2023, a fim de continuar as reformas que iniciou há um ano.

"Draghi fez um bom trabalho, mas a maior parte do trabalho que iniciou ainda está em curso e longe de estar terminado. Será crucial ter um novo governo tão empenhado na implementação de reformas como o atual", disse um especialista em geopolítica, Lorenzo Codogno, citado pela AFP.

Além de Draghi, a imprensa italiana tem referido outros potenciais candidatos, como o antigo presidente da Câmara dos Deputados Pier Ferdinando Casini, 66 anos, o antigo chefe de Governo e atual comissário europeu para a Economia, Paolo Gentiloni, 67 anos, ou o antigo primeiro-ministro Giuliano Amato, 82 anos.

Outro nome que poderá entrar na eleição é o do antigo primeiro-ministro Silvio Berlusconi, 85 anos, cuja candidatura é apoiada pelo centro-direita formado pelo seu partido, Forza Italia, e pela Liga da extrema-direita, embora pareça improvável que consiga o apoio necessário.

Num artigo de opinião publicado no fim de semana, um grupo de figuras da cultura defendeu que "chegou o momento de eleger uma mulher".

Neste cenário, a atual ministra da Justiça, Marta Cartabia, 58 anos, é vista como potencial candidata, tal como Paola Severino, 73 anos, também ministra da Justiça entre 2011 e 2013.

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