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Irão responsabiliza administração Biden pela morte do general Soleimani

O Irão coresponsabilizou hoje a presidência de Joe Biden, nos Estados Unidos da América (EUA), pelo assassínio do general iraniano Qassem Soleimani, morto há dois anos depois de autorizado pelo anterior presidente americano, Donald Trump.

Irão responsabiliza administração Biden pela morte do general Soleimani
Notícias ao Minuto

12:29 - 31/12/21 por Lusa

Mundo Irão

No arranque das comemorações do segundo aniversário da morte do antigo comandante da Guarda Revolucionária da República Islâmica, morto num ataque com um 'drone' (avião não-tripulado) norte-americano a 03 de janeiro de 2020 no aeroporto de Bagdad, o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano apontou o dedo aos EUA sem diferenciar as administrações americanas.

"O ataque terrorista (...) foi orquestrado e executado de forma organizada pelo governo dos EUA da altura e pelo qual a Casa Branca é agora responsável", referiu o Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano numa declaração, assinalando a "responsabilidade internacional definitiva" dos EUA à luz das normas internacionais e legais.

Qassem Soleimani foi eliminado com outras nove pessoas, incluindo Abu Mehdi al-Muhandis, "número dois" do Hashd al-Shaabi, uma coligação de paramilitares maioritariamente pró-iranianos agora integrada no Estado iraquiano.

Uma série de eventos está a ser organizada no Irão, incluindo um desfile das "capacidades de mísseis" do país, a 07 de janeiro.

Estas comemorações surgem no contexto de conversações em Viena para salvar o acordo nuclear iraniano, alcançado em 2015. O pacto sofreu um rude golpe com a retirada unilateral da administração Trump, em 2018, agravada com sanções como parte de uma política de máxima pressão sobre o Irão, enquanto Teerão -- que nega querer ter uma bomba atómica -- tem vindo a desrespeitar os limites impostos no programa nuclear.

As conversações foram relançadas no final de novembro após um hiato de cinco meses entre Teerão e os países ainda signatários do pacto (França, Reino Unido, Alemanha, Rússia e China). O objetivo é trazer os EUA de volta ao acordo, que neste momento participam somente de forma indireta nas negociações.

Os signatários do pacto ofereceram a Teerão o levantamento de algumas das sanções que sufocam a economia iraniana em troca de uma redução drástica do seu programa nuclear.

Em particular, apelaram a Teerão para "não realizar quaisquer atividades relacionadas com mísseis balísticos concebidos para transportar ogivas nucleares, incluindo lançamentos que utilizem tecnologia de mísseis balísticos".

Desde que tomou posse há quase um ano como presidente americano, Joe Biden manifestou a vontade de fazer os EUA regressar ao acordo, mas também já disse à sua administração para se preparar para um eventual fracasso diplomático.

Leia Também: Biden recorre ao Supremo para terminar com política de migração de Trump

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