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Talibãs advertem contra ingerência estrangeira 42 anos

O Governo talibã aproveitou hoje o 42.º aniversário da invasão soviética do Afeganistão para advertir de que não aceitará invasores no seu território, nem que outros países se ingiram nos seus assuntos internos.

Talibãs advertem contra ingerência estrangeira 42 anos
Notícias ao Minuto

16:33 - 27/12/21 por Lusa

Mundo Invasão soviética

Num comunicado hoje divulgado, o movimento islâmico radical destaca a singularidade da data e afirma que o Afeganistão é uma nação livre, após a sua chegada ao poder, em agosto deste ano.

"Há 42 anos, os soviéticos invadiram o Afeganistão. Os combatentes afegãos obrigaram o seu retrocesso após dez anos de 'jihad' e árdua luta. O Emirado Islâmico do Afeganistão (como se autodenomina o novo regime talibã), em nome do povo afegão, condena a invasão soviética e agradece à 'Jihad mujahidine' afegã a sua liberdade", declarou o porta-voz adjunto do executivo talibã, Bilal Karimi.

Os talibãs instaram os Governos estrangeiros a apostarem nas relações bilaterais com o Afeganistão, embora, até ao momento, não tenham obtido o reconhecimento da comunidade internacional ao regime instaurado após a queda do anterior executivo, apoiado pelas tropas internacionais que se encontravam no país e se retiraram no final de agosto.

O dia da invasão soviética era, até à chegada ao poder dos talibãs, a 15 de agosto, uma data assinalada no calendário afegão.

Até então, as cerimónias decorriam no palácio presidencial e noutros locais importantes do país e contavam com a participação de vários líderes 'mujahidines' (combatentes) e de diversos altos responsáveis governamentais.

Agora, os talibãs remeteram a data para segundo plano, não lhe atribuindo mais valor que o de um comunicado e um simples evento na província oriental de Logar.

"Este é um dia histórico para o povo afegão e os 'mujahidines', o dia deve ser liderado por funcionários governamentais, incluindo os 'mujahidines' afegãos, mas o Governo talibã só considera as suas próprias conquistas, não as do povo afegão", lamentou o ex-comandante 'mujahidine' Najibullah Ahmadzai, citado pela agência noticiosa espanhola Efe.

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