"Temos a confirmação de que a sua viatura particular foi atacada e incendiada", num ataque - na sexta-feira, no estado de Kayah, no leste do país -- atribuído à Junta Militar, disse a organização de defesa dos direitos das crianças, num comunicado.
Cadáveres de cerca de 30 pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram encontrados hoje em veículos carbonizados em Myanmar, de acordo com um oficial rebelde e uma ONG, que acusam a Junta Militar pelas mortes.
As imagens dos corpos surgiram hoje nas redes sociais, revelando dois camiões e um carro incendiados numa estrada em Hpruso, no leste de Myanmar, contendo os corpos sem vida de cerca de 30 pessoas.
A organização Salvem as Crianças teme que os dois funcionários estejam entre as vítimas mortais do ataque atribuído à Junta Militar de Myanmar, sabendo-se que estavam de regresso de uma missão humanitária na região, na zona onde foram encontradas as viaturas incendiadas.
O porta-voz da Junta Militar, Zaw Min Tun, disse que vários confrontos eclodiram em Hpruso, na sexta-feira, quando os soldados imobilizaram sete viaturas que se movimentavam de "forma suspeita", levando à morte de várias pessoas.
Myanmar mergulhou no caos desde o golpe de 01 de fevereiro, após um golpe de Estado que levou ao poder uma Junta Militar que pôs fim à transição democrática, que durava há uma década.
Nos últimos 10 meses, mais de 1.300 civis foram mortos em confrontos, segundo várias organizações, que relatam casos de tortura e execuções extrajudiciais.
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