Meteorologia

  • 23 ABRIL 2024
Tempo
15º
MIN 13º MÁX 24º

EUA pedem aos líderes para superarem divergências políticas

O enviado especial dos Estados Unidos na Líbia, Richard Norland, pediu hoje às autoridades locais para que superem os obstáculos que levaram a comissão eleitoral a adiar as eleições presidenciais marcadas para sexta-feira.

EUA pedem aos líderes para superarem divergências políticas
Notícias ao Minuto

14:51 - 22/12/21 por Lusa

Mundo Líbia

Norland insiste que a aprovação das candidaturas deve ser esclarecida e finalizada e lembrou aos responsáveis políticos e judiciais que a resolução dos presentes problemas eleitorais deve ser a sua prioridade, já que se trata do "desejo de todos os líbios".

O diplomata norte-americano também pediu a todas as partes envolvidas para neutralizarem o clima de tensão e de iminência de um grave conflito que paira sobre Trípoli e sobre outras cidades do país, sublinhando que "este não é o momento para tomar medidas unilaterais ou ordenar destacamentos armados", avisando sobre os riscos de uma "escalada de violência (...) para a segurança dos cidadãos".

A Alta Comissão Nacional Eleitoral (HNEC) líbia propôs hoje ao parlamento o adiamento das eleições, devido ao conflito entre o poder político e o judiciário sobre a lei eleitoral e sobre as condições exigidas para o registo de candidatos, o que é visto como um golpe no processo de reconciliação promovido pela ONU.

"Após a concertação com o parlamento, a Alta Comissão Eleitoral propõe o adiamento da primeira volta da eleição [presidencial] para 24 de janeiro de 2022. O parlamento será responsável por adotar as medidas necessárias para resolver os obstáculos ao processo eleitoral", anunciou o órgão, num comunicado de imprensa.

A comissão eleitoral do país dissolveu os comités eleitorais na terça-feira e nunca publicou, em conformidade com os trâmites previstos, uma lista final dos candidatos presidenciais.

As incertezas quanto à realização do escrutínio na data marcada aumentaram no final de novembro, depois de a comissão eleitoral ter rejeitado as candidaturas de Seif al-Islam - filho e alegado sucessor de Muammar Kadhafi, o tirano deposto em 2011 - do marechal Khalifa Haftar - líder das milícias do Leste e homem forte do país - e do primeiro-ministro interino, Abdul Hamid Dbeibah, primeiro-ministro interino e bilionário que fez fortuna ao lado da ditadura.

Os três recorreram da decisão e foram reintegrados como candidatos, por diferentes tribunais.

A realização destas eleições presidenciais foi proposta para ajudar a unificar o país após uma década de guerra civil e deveriam ser as primeiras eleições "nacionais" após o acordo de reconciliação firmado em outubro de 2020 sob patrocínio da ONU e de um processo diligente e difícil de pacificação do país, às quais se seguiriam as legislativas, marcadas para um mês depois.

A Líbia mergulhou no caos após a revolta popular apoiada pela NATO que derrubou o regime de Muammar Kadhafi em 2011, minada pelas lutas de poder, dividida entre duas autoridades rivais, num cenário de interferência estrangeira.

Leia Também: Autoridade eleitoral propõe adiar eleições na Líbia para 24 de janeiro

Recomendados para si

;
Campo obrigatório