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Lituânia retira chefe da embaixada em Pequim por conflito sobre Taiwan

A Lituânia retirou da China a chefe da sua missão diplomática em Pequim, na sequência da tensão entre os dois países sobre Taiwan, e vai operar a embaixada à distância, anunciou hoje o Governo lituano.

Lituânia retira chefe da embaixada em Pequim por conflito sobre Taiwan
Notícias ao Minuto

16:22 - 15/12/21 por Lusa

Mundo Diplomacia

"A encarregada de negócios em exercício da Lituânia na China, Audra Ciapiene, está de regresso a Vílnius para consultas", indicou o Ministério dos Negócios Estrangeiros lituano numa declaração citada pela agência de notícias France-Presse.

"Na ausência de um diplomata para a substituir em Pequim, a embaixada lituana na China continuará as suas operações à distância", lê-se no comunicado.

Segundo o ministério, estão em curso discussões sobre as atividades da embaixada lituana na China e da representação chinesa na Lituânia, enquanto se aguarda a decisão das autoridades de Pequim sobre a renovação da acreditação dos diplomatas do país báltico.

Os serviços consulares aos cidadãos lituanos na China serão prestados à distância, mas com capacidade limitada, disse o ministério.

"A Lituânia está pronta a continuar o diálogo com a China e a retomar as atividades da sua embaixada em plena capacidade, uma vez alcançado um acordo mutuamente benéfico", acrescentou.

No mês passado, a China restringiu os contactos diplomáticos com a Lituânia e deixou de emitir vistos para o país em protesto contra a decisão lituana de permitir que Taiwan abrisse uma representação com o seu próprio nome em Vílnius.

Várias empresas e empresários lituanos têm-se queixado, nas últimas semanas, que a China está a bloquear as suas exportações porque as suas mercadorias não recebem a necessária autorização para entrar no país asiático.

A China resiste sempre a que a palavra Taiwan seja utilizada por um organismo oficial, temendo que dê legitimidade internacional à ilha, que considera parte do seu território.

Taiwan, que é governada de forma autónoma desde 1949, foi o refúgio das forças do Partido Nacionalista Chinês (Kuomintang) depois de perder a guerra civil com os comunistas, que desde então reivindicam a soberania daquele território.

A ilha manteve o nome de República da China e o simbolismo sob o qual os nacionalistas chineses governaram o território da atual República Popular antes da derrota na guerra civil.

A ilha fez a transição para um sistema democrático na década de 1990.

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