Cerca de duas dezenas de pessoas, entre as quais cidadãos franceses, receberam Eric Zemmour gritando "Racista!" e empunhando cartazes onde se lia "Não é bem-vindo, Eric Zemmour", relata a Agência France Presse.
"Estamos aqui para informar os arménios sobre quem é Eric Zemmour. É um homem muito perigoso, é um fascista", disse Chiriné Orguekian, uma francesa de 25 anos.
Já Gueorgui Vardanian, um biologista arménio de 31 anos, considerou que "a sua visita [à Arménia] é uma manipulação para obter mais votos de franco-arménios nas presidenciais".
Eric Zemmour, cujo programa da visita, que deverá durar até terça-feira, não é conhecido, saiu rapidamente do local.
O candidato às eleições presidenciais francesas afirmou na sexta-feira ter escolhido a Arménia para a primeira viagem de campanha, por se tratar de "uma velha terra cristã, (...) um dos berços da civilização".
"A Arménia está em perigo. Já foi uma terra mártir na época do Império Otomano e de massacres como o genocídio arménio. Mais uma vez, este país é assediado, pelo vizinho Azerbaijão e, especialmente, pela Turquia. Estamos no centro da guerra da civilização", acrescentou.
Eric Zemmour está acompanhado pelo ex-deputado europeu soberanista Philippe de Villiers, que assegurou, numa publicação no Twitter antes de partir, querer "enviar uma mensagem de esperança ao povo arménio, bem como a todos os cristãos do Oriente, hoje abandonados pelo Ocidente, que está a perder o fio da sua civilização".
Um número restrito de meios de comunicação social foi autorizado, "por razões de segurança", a acompanhar a visita de Eric Zemmour à Arménia (CNews, Europe 1, Le Figaro, France TV e AFP vídeo).
A Arménia, maioritariamente cristã, e o Azerbaijão, predominantemente muçulmano, travaram uma curta, mas sangrenta, guerra, no outono de 2020, pelo controlo da região separatista de Nagorny-Karabakh. Durante o conflito morreram 6.500 pessoas.
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