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Rebeldes das ADF mataram pelo menos 15 civis em novo ataque no Congo

Rebeldes das Forças Democráticas Aliadas do Uganda (ADF) mataram pelo menos 15 civis num novo ataque no nordeste da República Democrática do Congo (RDCongo) na quarta-feira, anunciaram hoje os líderes locais da sociedade civil.

Rebeldes das ADF mataram pelo menos 15 civis em novo ataque no Congo
Notícias ao Minuto

13:30 - 10/12/21 por Lusa

Mundo Congo

"Os residentes que fugiram para a floresta durante o ataque descobriram novos corpos no regresso, elevando o número de vítimas deste ataque para 15", declarou o coordenador da sociedade civil da área Kizito, Bin Hango, à agência de notícias Efe.

As autoridades locais tinham até agora confirmado apenas cinco mortos, explicou Bin Hango.

O incidente ocorreu na quarta-feira à tarde nas aldeias de Mangina, Masiriko, Butakelo e Mangina, todas localizadas em território do Beni (província de Kivu Norte).

As ADF são um grupo rebelde de origem ugandesa, mas está atualmente sediada no nordeste da RDCongo, perto da fronteira partilhada pelos dois países.

Em 30 de novembro, os exércitos da RDCongo e do Uganda iniciaram uma operação conjunta em solo congolês para derrotar este grupo rebelde.

Esta medida surgiu depois das autoridades ugandesas acusarem as ADF de organizarem três atentados suicidas em novembro no seu território.

O Governo da RDCongo tem culpado as ADF por vários ataques mortais contra civis nas províncias de Kivu Norte e Ituri desde 2018.

Segundo o Barómetro de Segurança Kivu (KST), as ADF já mataram mais de 2.060 pessoas em 366 ataques desde 2017 no nordeste da RDCongo.

Contudo, os objetivos da milícia não são claros para além de uma possível ligação à organização terrorista do Estado Islâmico (EI), que por vezes reivindica a responsabilidade pelos ataques.

Embora o Grupo de Peritos das Nações Unidas na RDCongo não tenha encontrado provas de apoio direto do EI às ADF, os Estados Unidos da América identificaram os rebeldes como uma "organização terrorista" filiada ao grupo 'jihadista' desde março.

Desde 1998, o leste da RDCongo tem sofrido conflitos alimentados por milícias rebeldes e ataques de soldados do exército, apesar da presença da missão de manutenção da paz das Nações Unidas (Monusco), que enviou mais de 14.000 soldados.

A ausência de alternativas e de meios de subsistência estáveis levou milhares de congoleses a pegar em armas e, segundo o KST, a região é um campo de batalha para pelo menos 122 grupos rebeldes.

Leia Também: Sete civis mortos em ataque de milícia Codeco no Congo

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