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Israel pede que as suas armas sejam usadas só contra "crimes graves"

Israel está a pedir aos Estados que compram as suas tecnologias informáticas para que as usem apenas na luta contra "o terrorismo e os crimes graves", depois do escândalo do programa informático espião Pegasus.

Israel pede que as suas armas sejam usadas só contra "crimes graves"
Notícias ao Minuto

07:00 - 07/12/21 por Lusa

Mundo Armas

"As definições dos crimes graves e dos atos terroristas foram afinadas para evitar misturar fronteiras", indicou, em comunicado, a agência de controlo das exportações militares, que depende do Ministério da Defesa.

Na segunda-feira, esta agência atualizou a "declaração dos utilizadores finais" que todos os Estados devem assinar para adquirirem os produtos informáticos israelitas que sirvam para a obtenção de informações.

Como avançou, em causa estão "atos que visem ameaçar uma população e possam provocar mortes, ferimentos, tomada de reféns".

A declaração menciona igualmente em que casos é interdito utilizar um sistema informático, bem como as sanções a aplicar aos países que infringirem as regras.

"O Estado de Israel terá o direito, a todo o momento, de revogar ou suspender a licença d exportação, podendo provocar a paragem do sistema, ou de impor limitações à sua utilização", segundo o documento consultado pela AFP.

O grupo israelita de segurança informática NSO foi exposto este verão, depois de uma investigação de um consórcio de 17 órgãos de comunicação internacionais, revelando que o seu programa Pegasus tinha permitido espiar telemóveis de políticos, entre os quais o presidente francês, Emmanuel Macron, jornalistas, militantes e empresários de vários países.

Uma vez instalado em um telemóvel, o Pegasus permite aceder às mensagens e aos dados do utilizador, bem como atibar o aparelho à distância para fins de captação de som ou de imagem.

O Pegasus só pode ser vendido a Estados e estas vendas devem ser autorizadas por uma comissão especial do Ministério da Defesa, responsável pela aprovação de vendas de armas.

Segundo o Washington Post e a Reuters, o Pegasus foi utilizado para infiltrar os 'smartphones' de pelo menos nove empregados do Departamento de Estado dos EUA, baseados no Uganda, onde trabalhavam sobre as problemáticas ligadas à África Ocidental.

No início de novembro, os EUA colocaram a NSO na sua lista negra de empresas que ameaçam a sua segurança nacional.

Leia Também: Israel congela plano para construção de colonato em Jerusalém leste

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