O ex-combatente morreu de uma doença prolongada na sua casa em Joanesburgo, declarou o Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês).
O partido no poder na África do Sul saudou "um membro de longa data do ANC, um patriota que serviu o seu país em muitas funções com humildade, dedicação e distinção".
Nascido em 01 de julho de 1937, o ativista, nascido na Índia, tinha um passado semelhante ao dos grandes nomes na luta contra o domínio branco racista na África do Sul.
Do protesto não violento à luta armada sob o 'apartheid', Ebrahim foi preso em 1963 por sabotagem e enviado para Robben Island durante 15 anos. Foi libertado em 1979.
No final dos anos de 1980, quando se tinha juntado ao ANC no exílio e estava a realizar várias missões, foi raptado por agentes do 'apartheid' na vizinha Suazilândia (atual Essuatíni), foi torturado e posteriormente condenado por "traição", sendo, por fim, enviado de volta para Robben Island.
Na prisão, estudou com Nelson Mandela.
Partilhou também cela com outro futuro presidente sul-africano, Jacob Zuma.
Ebrahim Ismail Ebrahim foi finalmente libertado em 1991.
As primeiras eleições multipartidárias foram realizadas na África do Sul três anos mais tarde, em 1994.
Entrou para o Governo em 2009 como vice-ministro dos Negócios Estrangeiros, cargo que ocupou durante seis anos.
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