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Diálogo com Arábia Saudita necessário para "estabilidade", diz Macron

O Presidente francês Emmanuel Macron, em deslocação à região do Golfo Pérsico, considerou hoje necessário dialogar com a Arábia Saudita, "o maior país do Golfo em dimensão", para garantir "a estabilidade da região".

Diálogo com Arábia Saudita necessário para "estabilidade", diz Macron
Notícias ao Minuto

20:03 - 03/12/21 por Lusa

Mundo Diplomacia

Essa posição "não significa que sejamos complacentes", disse Marcon, numa alusão ao assassínio de 2018 do jornalista saudita Jamal Khashoggi no consulado do seu país em Istambul e que em certa medida comprometeu a imagem do príncipe herdeiro saudita Mohammed ben Salmane (MBS), o homem forte do reino.

O Presidente francês fez estas declarações nos Emirados Árabes Unidos, devendo prosseguir a sua deslocação à região esta noite no Qatar, e de seguida na Arábia Saudita, onde no sábado será um dos primeiros dirigentes ocidentais e encontrar-se com "MBS" após o assassínio de Khashoggi.

"Assinalo que a Arábia Saudita organizou o G20 no ano que se seguiu [ao caso Khashoggi] e não notei que muitas potências tenham boicotado o G20", disse ainda o Presidente francês.

"Sempre fomos claros sobre a questão dos direitos humanos ou sobre este caso", afirmou.

"A França tem uma função a desempenhar na região (...) mas como tentar promover a estabilidade da região, como pretender atuar no Líbano e em tantos outros assuntos se ignorarmos o primeiro país do Golfo em termos de geografia e de dimensão", interrogou-se o chefe de Estado francês.

"Isso não significa que sejamos complacentes, isso não significa que esqueçamos", insistiu.

"Mantemo-nos um parceiro exigente, mas é necessário falar, permanecer comprometido" na região, "caso contrário não existirá diálogo possível", disse o Presidente francês.

Macron está envolvido desde há um ano na tentativa de garantir que o Líbano ultrapasse a sua pior crise económica e social da sua história. As relações entre Beirute e os Estados árabes do Golfo deterioraram-se nos últimos anos devido à crescente influência do Hezbollah pró-iraniano.

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