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"Vamos precisar de liderança". Stacey Abrams volta à corrida na Geórgia

A democrata volta a recandidatar-se ao lugar de governador, depois de ter perdido a corrida contra o republicano Brian Kemp, em 2018, por 55 mil votos.

"Vamos precisar de liderança". Stacey Abrams volta à corrida na Geórgia
Notícias ao Minuto

23:52 - 02/12/21 por Daniela Filipe

Mundo EUA

A democrata Stacey Abrams anunciou hoje que vai regressar à corrida a governador da Geórgia, um estado que se tornou determinante no resultado das eleições norte-americanas.

“Oportunidade e sucesso na Geórgia não deveriam ser determinadas pelo código postal, passado ou acesso ao poder”, disse a candidata no seu vídeo de campanha, divulgado no Twitter.

“Se a nossa Geórgia vai passar ao seu próximo e melhor capítulo, vamos precisar de liderança”, acrescentou.

Antiga membro da Câmara dos Representantes da Geórgia, advogada, empresária, escritora e ativista, a democrata, de 47 anos, ganhou destaque na corrida contra o republicano Brian Kemp, em 2018, que perdeu por 55 mil votos.

Muitos democratas consideram que a derrota se deveu à supressão de votos, pelo que, desde então, Abrams construiu uma reputação a nível nacional enquanto ativista pelo direito ao voto, fundando a organização ‘Fair Fight’. Muitos acreditam também que a democrata foi responsável pelo resultado do Presidente norte-americano Joe Biden, que se tornou o primeiro democrata a conseguir a vitória naquele estado do sul em quase três décadas.

A Geórgia não tem um governador democrata desde 2003, quando Roy Barnes deixou o cargo. Se for vitoriosa, Abrams será a primeira mulher negra eleita governador nos Estados Unidos.

Kemp reagiu ao anuncio, esta quarta-feira, referindo que Abrams teria confinado o estado devido à Covid-19 e teria permitido que 'políticas de justiça social' ('woke politics', em inglês) fizessem parte dos currículos escolares, sendo, assim, “uma luta pela alma do nosso estado”.

“Estou na luta contra Stacey Abrams, a agenda falhada de Biden, e os aliados da justiça social, para manter a Geórgia o melhor lugar para viver, trabalhar e criar uma família”, salientou, no Twitter.

Depois de ter recusado os pedidos de Donald Trump para convencer a legislatura da Geórgia a não reconhecer Biden como vencedor nas eleições presidenciais, Kemp emitiu uma lei que restringirá de forma significativa os votos no estado, o que pode ter um grande impacto tanto nas eleições de 2022, como nas presidenciais de 2024.

Ainda que os republicanos aleguem que a nova lei tem como objetivo restaurar a confiança da população no processo de eleição, os opositores acreditam ser um produto das falsas alegações dos republicanos de que Biden venceu as presidenciais contra Trump devido à fraude eleitoral.

De visita à Geórgia, Trump mostrou o seu descontentamento com Kemp ao perguntar se Abrams gostaria “de tomar o seu lugar”. “Eu não me importaria”, atirou, acrescentando que “tê-la seria provavelmente melhor do que o vosso governador, se querem saber o que penso”.

Poderá ainda estar em cima da mesa um ‘combate’ entre Kemp e o antigo senador republicano David Perdue, que, segundo a CNN, deverá anunciar a sua decisão brevemente – o ‘frente a frente’ tem potencial para sugerir a fragmentação do partido republicano, o que poderá aumentar as hipóteses de Abrams.

No entanto, a Associação de Governadores Republicanos disse apoiar os incumbentes do partido, incluindo Kemp, o que ficou provado no tweet de Dave Rexrode, diretor executivo do organismo, num ataque à democrata. “Derrotámo-la uma vez (ainda que ela não o admita) e fá-lo-emos novamente”, assegurou.

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