Trocar "período de Natal" por "período de festas"? Vaticano não concorda
As novas diretrizes de comunicação interna da Comissão Europeia no que diz respeito ao período do natal foram vistas como uma tentativa de "cancelar" as raízes cristãs da Europa pelo Vaticano.
© iStock
Mundo Vaticano
A Comissão Europeia redigiu hoje, terça-feira, novas diretrizes de comunicação interna que propunham substituir o termo "período de Natal" por "período de festas". No Vaticano, o documento foi classificado como uma tentativa de "cancelar" as raízes cristãs da Europa tendo em conta a importância do natal para a religião católica.
A Comissária Europeia para a Igualdade, Helena Dalli, disse que o projeto de documento tinha como objetivo enaltecer a diversidade europeia e mostrar a “natureza inclusiva da Comissão Europeia”. Mas em comunicado, acrescentou que não atendeu aos padrões da Comissão e não atingiu o seu objetivo inicialmente declarado.
Concern was raised with regards to some examples provided in the Guidelines on Inclusive Communication, which as is customary with such guidelines, is work in progress. We are looking into these concerns with the view of addressing them in an updated version of the guidelines. pic.twitter.com/90ZK8rpPb2
— Helena Dalli (@helenadalli) November 30, 2021
“As diretrizes claramente precisam de mais trabalho”, disse num comunicado, acrescentando que um documento revisto levaria em consideração as preocupações levantadas pelo Vaticano e outras entidades.
O secretário de Estado do Vaticano, o cardeal Pietro Parolin, interveio com uma crítica no portal de Notícias do Vaticano. Parolin elogiou os esforços para erradicar a discriminação, mas salientou que as iniciativas não podem envolver o “cancelamento das nossas raízes, da dimensão cristã da Europa, especialmente no que diz respeito às festas cristãs", importantes para a identidade da Europa.
Acrescenta ainda, que “Claro, sabemos que a Europa deve sua existência e sua identidade a muitas influências, mas certamente não podemos esquecer que uma das principais influências, senão a principal, foi o próprio Cristianismo”, disse.
Resta agora saber qual será a decisão final de Bruxelas no que diz respeito a como se deve referir a esta altura do ano.
Leia Também: Responsável no Vaticano pela Proteção de Menores abre encontro em Almada
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com