O corpo da artista Josephine Baker, que faleceu a 12 de abril de 1975, foi carregado por soldados franceses até ao Panteão Nacional de Paris, numa cerimónia dedicada à ocasião.
A artista era uma dançarina e cantora francesa nascida nos Estados Unidos que lutou na Resistência Francesa da Segunda Guerra Mundial e que depois lutou contra o racismo nos EUA.
Nascida nos Estados Unidos, em 1906, Baker tornou-se uma estrela internacional nos anos 20, do século XX, especialmente em França, para onde se mudou em 1925, tentando fugir ao racismo e à segregação no seu país natal.
Apesar do seu talento, é mais conhecida pela participação na Resistência Francesa durante a Segunda Guerra Mundial onde foi considerada uma heroína de França pelos seus atos.
Josephine Baker é apenas a sexta mulher entre 80 figuras ilustres a receber a honra de ser recebida no Panteão Francês, um grandioso edifício neoclássico no coração de Paris, que proclama "Aos grandes homens, à pátria agradecida".
Josephine Baker conseguiu recolher informações de funcionários alemães que conheceu em festas e levou mensagens escondidas na roupa interior para Inglaterra e outros países aliados, usando o seu estatuto de artista para justificar as suas viagens ao estrangeiro.
Tornou-se cidadã francesa depois de casar com o industrial Jean Lion em 1937. Em 1975, depois do marido falecer, foi deportada para o Mónaco.
Agora, por iniciativa do presidente francês Emmanuel Macron e de uma petição que reuniu 38 mil assinaturas em 2019, Josephine Baker torna-se na sexta mulher a entrar no Panteão Nacional, ficando agora ao lado de personalidades como Marie Curie, Victor Hugo e Voltaire,
Além das cerimónias em França, também o Empire State Building, em Nova Iorque, se iluminou com as cores da bandeira francesa em honra de Josephine Baker, tendo em conta que a cantora e bailarina será a primeira mulher norte-americana e negra a entrar no panteão nacional de França.
En attendant qu’elle y rentre mardi, le Panthéon s’est magnifiquement habillé en Joséphine Baker 🇫🇷 pic.twitter.com/I8aiwOlzLk
— Arthur Kenigsberg (@KenigsbArthur) November 28, 2021
Veja na galeria as fotografias do evento no panteão francês.
Leia Também: França tem 47.177 casos de Covid-19 e 114 mortos