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Presença portuguesa na FILDA é "manifestação de confiança"

O ministro para a Coordenação Económica angolano, Manuel Nunes Júnior, saudou hoje a presença portuguesa na Feira Internacional de Luanda (FILDA), que considerou "uma manifestação de confiança no país", apesar dos constrangimentos ainda impostos pela pandemia.

Presença portuguesa na FILDA é "manifestação de confiança"
Notícias ao Minuto

16:35 - 30/11/21 por Lusa

Mundo Angola

Manuel Nunes Júnior percorreu a feira, depois de discursar na cerimónia de inauguração da FILDA, e passou pelo 'stand' de Portugal, onde fez uma visita guiada pelo embaixador de Portugal, Pedro Pessoa e Costa.

Na FILDA, que realiza este ano a sua 36.ª edição depois de uma interrupção devido à covid-19, Portugal conta com a maior representação internacional, reunindo 17 empresas, que se associaram à Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP), numa presença conjunta.

No total, 558 expositores de 15 países estão presentes na FILDA, dos quais 500 são angolanos.

Durante a passagem do ministro angolano pelo 'stand' de Portugal, Pedro Pessoa e Costa foi apontando os setores de atividade das diferentes empresas - ligadas à construção, indústria agroalimentar, metalomecânica e tecnologias de informação - muitas dos quais presentes em Angola há vários anos, destacando a resiliência da presença nacional no país africano.

Em declarações à Lusa, Nunes Junior sublinhou que, mais do que uma manifestação de força do empresariado português, trata-se de uma manifestação de vontade.

"O que nós vemos é sobretudo vontade e manifestação de confiança no país", salientou o governante, realçando que as pequenas e médias empresas são fundamentais para criar negócios e emprego.

"Os países estrangeiros que estão aqui são uma demonstração de que, mesmo em situações adversas, não deixam de confiar em Angola", considerou.

Questionado sobre o impacto da nova variante da covid-19, Ómicron, o ministro de Estado para a Coordenação Económica afirmou "que ainda não está muito bem estudada", esperando que "não venha ter uma influência tão grande no mundo como em 2020".

"Estamos à espera que os cientistas nos digam quais são as implicações desta nova variante", prosseguiu Nunes Júnior, acrescentando: "vamos fazer tudo o que esteja ao nosso alcance para que a retoma económica de Angola aconteça no próximo ano".

O ministro disse ainda não ter dúvidas de que os empresários estão agora mais bem preparados para enfrentar uma crise, depois do que foi feito nos últimos três anos em termos de estabilização da economia angolana, em particular as questões relacionadas com a taxa de câmbio.

"Hoje, o nosso câmbio estabilizou, desde o ano passado e em alguns momentos o kwanza, a moeda nacional, até ganha valor em relação às principais moedas internacionais. Isso quer dizer que uma grande preocupação que nós tínhamos, que era o mercado cambial, está normalizado e isto para os investidores estrangeiros é muito importante, em termos de confiança", disse ainda o responsável da Coordenação Económica.

Apesar da inauguração oficial ter sido hoje, no pavilhão da FILDA, localizado na Zona Económica Especial Luanda-Bengo, muitos expositores estavam ainda esta manhã a dar os toques finais nos seus 'stands' sem conseguir evitar o desconforto provocado pela falta de climatização num espaço demasiado quente, onde vão permanecer até sábado.

Na FILDA estão representadas empresas de 15 países de vários setores, mas a falta de informação sobre os expositores e suas origens deixa os visitantes perdidos.

A feira realiza-se este ano sob o lema "A Tecnologia como Suporte ao Desenvolvimento do Agronegócio e da Indústria" e com dias temáticos, sendo hoje o do Petróleo, seguindo-se dias dedicados à Sonangol (quarta-feira), Portugal (quinta-feira), Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) na sexta-feira e, a terminar, no sábado, Angola.

Entre os expositores, têm um peso significativo os institucionais, da administração central e local, bem como os meios de comunicação social públicos, o setor da banca e seguros, grandes empresas angolanas como a Unitel e a Sonangol, multinacionais como a Sika, tendo também algum protagonismo a presença chinesa.

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