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Sudão: Forças de segurança lançam gás lacrimogéneo contra manifestantes

As forças de segurança sudanesas dispararam hoje latas de gás lacrimogéneo contra milhares de manifestantes que marchavam na capital, em Cartum, para uma tomada do poder por civis, declararam testemunhas.

Sudão: Forças de segurança lançam gás lacrimogéneo contra manifestantes
Notícias ao Minuto

14:07 - 30/11/21 por Lusa

Mundo Sudão

Os manifestantes dirigiram-se para o palácio presidencial, o antigo quartel-general do ditador Omar al-Bashir, que foi derrubado pelo exército sob a pressão de uma revolta popular em 2019. 

Desde então, o palácio tornou-se o quartel-general das autoridades de transição chefiadas pelo general Abdel-Fattah al-Burhan, autor do golpe de Estado de 25 de outubro.

Quase um mês após o golpe, foi assinado um acordo ao mais alto nível: o primeiro-ministro civil Abdallah Hamdok recuperou o seu posto, enquanto o controlo do exército e do general al-Burhan em particular foi consagrado pelo menos até às eleições prometidas para julho de 2023.

Desde então, muitas organizações da sociedade civil, ministros destituídos pelo golpe e muitos manifestantes continuaram a denunciar o acordo de 21 de novembro, visto pela comunidade internacional como um primeiro passo para um regresso à democracia.

Hoje, milhares de manifestantes em Cartum cantaram "sem parceria, sem negociação" ou gritaram que queriam "que os militares regressassem aos seus quartéis".

"Estou a manifestar-me para exigir a queda do domínio militar", disse um manifestante, Mohamed Alaedinne, à agência de notícias France-Presse (AFP).

Para a Associação de Profissionais Sudaneses (APS), uma das pontas de lança da revolta de 2019, a nova manifestação de hoje, apesar de uma repressão que já deixou 42 pessoas mortas e centenas feridas desde o golpe, é "uma resposta clara ao movimento insensato dos membros do golpe".

A APS acusa o exército e o primeiro-ministro, que é agora insultado como "traidor" na rua, de "reproduzir o velho regime e a sua corrupção", enquanto o Sudão emergiu, há dois anos, de trinta anos de ditadura militar-islâmica do general al-Bashir.

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