França saúda acordo de coligação alcançado na Alemanha
O acordo de coligação do futuro governo alemão oferece uma "base de trabalho extremamente sólida" para a reforma da Europa, saudou hoje a França, país que assume a presidência rotativa da UE a partir de 01 de janeiro.
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Mundo Acordo
"É um acordo de coligação muito bom do ponto de vista europeu e para a França como principal parceiro da Alemanha", disse o secretário de Estado para os Assuntos Europeus francês, Clément Beaune, durante um encontro com jovens organizado pelo Gabinete Franco-Alemão da Juventude (OFAJ, na sigla em francês), organização internacional ao serviço da cooperação entre Paris e Berlim.
"O acordo de coligação está comprometido com o clima, os direitos sociais, até sobre a ideia de reformar a Europa e não excluir mudanças de tratados para melhorar a nossa Europa no futuro", destacou.
A futura coligação alemã, que junta sociais-democratas, Verdes e liberais, está também empenhada numa "política comercial mais respeitadora do ambiente", questão sobre a qual a França "pressionou muito", saudou.
"Sobre todas essas questões temos uma base de trabalho extremamente sólida, extremamente positiva e, além do tom, a mensagem geral sobre a Europa, sobre a soberania europeia estão muito presentes", continuou.
O social-democrata alemão Olaf Scholz anunciou na quarta-feira um acordo para liderar o primeiro governo pós-Angela Merkel, com os Verdes e os liberais, uma coligação sem antecedentes históricos.
As autoridades francesas sublinharam a sua vontade de começar a trabalhar muito rapidamente com o novo governo alemão, um parceiro fundamental de Paris na União Europeia.
"O motor franco-alemão é forte e continua a ser essencial, ainda mais numa Europa de 27 [...] bastante heterogénea", insistiu Clément Beaune.
O governante francês destacou ainda que os diplomatas dos dois países "estão acostumados a trabalhar juntos".
"Os nossos dirigentes trabalham juntos no dia a dia, conversam [...]. Conseguimos encontrar compromissos em muitas situações através desse trabalho", disse.
"E, uma vez que temos um compromisso ou uma ambição franco-alemã [...], conseguimos concertar para convencer os outros parceiros", disse, considerando que "seria um erro pensar que Alemanha e França decidem pelos outros".
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