Biden diz que Powell é a pessoa indicada para a Reserva Federal
O presidente dos EUA, Joe Biden, disse hoje que Jerome Powell "é a pessoa indicada" para liderar o banco central do país, a Reserva Federal (Fed).
© Getty Images
Mundo EUA
Durante um discurso na Casa Branca, Biden, que renovou a presença de Powell à frente da Fed para um segundo mandato de quatro anos, realçou que a Fed deve ser "líder" na consideração das alterações climáticas, tema que tinha valido a Powell numerosas críticas da parte da ala esquerda do Partido Democrata.
Por seu lado, ao discursar na ocasião, Powell garantiu que a Fed vai atuar para que a inflação "não se enraíze", dizendo: "Vamos usar os nossos instrumentos para apoiar a economia e a solidez do mercado de trabalho e impedira que a inflação forte se enraíze".
Powell apontou também como prioridades do seu próximo mandato "a luta contra a evolução dos riscos ligados às alterações climáticas e à pirataria informática".
Powell, 68 anos, lidera a Fed desde 2018, tendo sido nomeado pelo ex-Presidente Donald Trump, que depois o viria a criticar sucessivamente no Twitter, sem manter a tradição de respeito pela independência do banco central.
Powell, que se mostrou impassível face às críticas, é considerado um republicano moderado e a sua escolha marca a vontade de Biden na continuidade, mas também um consenso entre republicanos e democratas.
A ação do líder da Fed durante a crise associada à pandemia de covid-19 tem sido saudada tanto à direita como à esquerda, apesar de algumas vozes da ala progressista dos democratas terem defendido a sua substituição.
A nomeação para mais quatro anos na liderança do banco central terá ainda de ser confirmada no Senado.
A recessão registada em 2020 foi a pior desde a Segunda Guerra Mundial, mas a Fed reagiu de imediato de forma a limitar os danos e tranquilizar os mercados.
No segundo mandato, que deverá ter início em fevereiro, Powell enfrenta um novo desafio, numa altura em que a inflação atinge níveis elevados, tendo acelerado para uma taxa anual de 6,2% em outubro, um ritmo inédito em 30 anos.
A Fed tem insistido no caráter transitório do aumento dos preços, mas escolher o momento oportuno para a subida das taxas de juro sem comprometer a recuperação será uma das suas principais tarefas.
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