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Moçambique. Formação profissional vai abranger 200 jovens

As Nações Unidas e um centro de formação moçambicano anunciaram hoje um projeto de formação profissional para 200 jovens que fogem da guerra em Cabo Delgado, norte do país.

Moçambique. Formação profissional vai abranger 200 jovens
Notícias ao Minuto

16:47 - 22/11/21 por Lusa

Mundo Moçambique

As vítimas da violência vão poder ter formação em carpintaria, serralharia, canalização, secretariado, eletricidade, entre outras áreas relacionadas, para poderem recomeçar a vida, anunciou o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) em comunicado.

Algumas das áreas, tradicionalmente reservadas para homens, vão também estar abertas a mulheres.

"As primeiras escolhas entre as mulheres inscritas no programa são cursos de canalização e eletricidade, provando que as mulheres moçambicanas estão dispostas a mudar os estereótipos", disse Samuel Chakwera, representante do ACNUR em Moçambique.  

O trabalho será feito em parceria com o Instituto de Formação Profissional e Estudos Laborais Alberto Cassimo (IFPELAC) e abrange também jovens das comunidades de acolhimento.

"O apoio do ACNUR para este projeto totaliza mais de 11,7 milhões de meticais [163 mil euros]", refere a agência das Nações Unidas, com o objetivo de "dar ferramentas e aptidões" para a vida, bem como oportunidades de aprendizagem.

"Esta oportunidade contribui para a coesão social e promove a autossuficiência", além de promover "o desenvolvimento económico de Cabo Delgado", disse Chakwera.

Além de apoiar os custos de inscrição, o apoio do ACNUR permite a compra de ferramentas e consumíveis, 'kits' de trabalho e uma ajuda de custo para que os formandos possam atender à formação.

O apoio do ACNUR à iniciativa de formação profissional no IFPELAC terá continuidade em 2022. 

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.

Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes, nomeadamente a vila de Mocímboa da Praia, que estava ocupada desde agosto de 2020.

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