França questiona contacto formal entre comissão e organização islâmica
A ministra da Cidadania francesa, Marlène Schiappa, mostrou-se hoje surpreendida com a reunião entre a comissária europeia para a Igualdade, Helena Dali, e a Femyso, uma confederação europeia de associações de jovens muçulmanos que descreveu como "disfarce do islamismo".
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"Preocupa-me fortemente" que a comissária tenha recebido representantes de Femyso, disse Marlène Schiappa à rádio Europa 1, numa reação à última investigação da revista Marianne.
Segundo a publicação, "milhares de euros de subvenções" foram concedidos por instituições europeias ao Fórum das Organizações de Jovens e Estudantes Muçulmanos Europeus (Femyso), organismo apontado como "próximo" da Irmandade Muçulmana e que esteve na origem da campanha sobre "a liberdade no hijab" (véu islâmico) que já causou polémica no Conselho da Europa.
A comissária europeia Helena Dalli, de Malta, publicou na quinta-feira passada, na rede social Twitter, uma fotografia em que se encontra acompanhada de representantes da Femyso após uma reunião sobre a "situação dos jovens muçulmanos na Europa e os desafios enfrentados devido a estereótipos, discriminação e ódio".
"Uma simples consulta sobre esta organização nas redes sociais permite-nos ver o quão agressivos são em relação à França, e não apenas ao governo, mas também à cultura francesa, culpando a França de 'todos os males'", afirmou Schiappa.
A ministra decidiu, em conjunto com Clément Beaune, secretário de Estado dos Assuntos Europeus, dirigir-se à comissária europeia para obter informações sobre o encontro com a Femyso.
"Em França nós assumimos as nossas responsabilidades, e afirmamos: 'nem um euro' de fundos públicos para os inimigos da República (...) Agora, a Europa deve fazer o mesmo trabalho", acusou Marlène Schiappa.
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