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EUA lamentam que Cuba "silencie" a voz de jornalistas da agência EFE

Os Estados Unidos lamentaram na sexta-feira que Cuba tenha sentido a necessidade de "silenciar jornalistas" da agência EFE e atribuiu essa decisão à vontade do Governo cubano em que não se saiba o que se passa na ilha.

EUA lamentam que Cuba "silencie" a voz de jornalistas da agência EFE
Notícias ao Minuto

06:36 - 20/11/21 por Lusa

Mundo Estados Unidos

O responsável da Casa Branca para a América Latina e Caraíbas, Juan González, reagiu à retirada, em 13 de novembro, por parte de Havana, das credenciais a cinco jornalistas da agência de notícias espanhola EFE, sendo que até agora só restituiu duas.

"Quando um governo, ou um regime neste caso, precisa de silenciar vozes, principalmente de jornalistas objetivos, é porque eles não querem que o mundo veja o que está a acontecer, ou porque estão envergonhados e sabem que estão errados", salientou, em entrevista à EFE.

O principal assessor para a América Latina da administração do Presidente dos Estados Unidos Joe Biden referiu ainda que Cuba deve respeitar "os direitos universais e fundamentais" e ainda aceitar que os jornalistas "tenham o direito a trabalhar" inclusive se os governos não gostam do que estes dizem.

"Cuba assinou acordos nas Nações Unidas que os obrigam a permitir a liberdade de expressão e opiniões, a não deter pessoas sem justa causa e a permitir que os jornalistas façam o seu trabalho", lembrou.

Juan González considerou também que a reação de Cuba aos protestos de 11 de julho demonstra que "o regime responde a qualquer manifestante pacífico com violência e com sentenças draconianas", apontando que as atitudes refletem "uma falta de respeito pelo povo".

O assessor não quis "especular" sobre se o dissidente Yunior García, um dos organizadores da marcha cívica de 15 de novembro, que pede mudanças políticas no país, e que está em Espanha com um visto de curta duração, poderá voltar à ilha.

Mas apontou que o caso de Yunior García mostra que "há um pensamento que está a crescer em Cuba sobre o futuro do país".

"E é obvio que aqui, após 62 anos, o comunismo não proporcionou ao povo cubano o benefício que poderia, caso os próprios cubanos pudessem determinar o seu futuro", acrescentou.

As autoridades cubanas comunicaram em 17 de novembro ao Governo espanhol a restituição de duas credenciais aos jornalistas da equipa da agência EFE em Havana, num total de cinco retiradas.

A restituição destas credenciais será acompanhada de uma autorização para conceder um visto de jornalista ao novo delegado da EFE em Cuba, Juan Palop, nomeado pela agência espanhola no final de julho, revelaram fontes diplomáticas.

Estas decisões das autoridades cubanas passam a efetivas a partir de 28 de novembro, acrescentaram as mesmas fontes.

Numa nota aos assinantes a EFE salientou que as autoridades cubanas dizimaram nos últimos meses a delegação da agência em Havana, onde atualmente apenas dois jornalistas podem trabalhar.

A agência referiu ainda que espera recuperar a sua capacidade de produção de informação sobre Cuba nos próximos dias.

Leia Também: ONG regista mais de 400 ações repressivas para evitar protestos em Cuba

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