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Irão rejeita acusações dos países Ocidentais sobre as suas atividades
O Irão considerou hoje como "ilegítima" a garantia dada pelos Estados Unidos e países europeus aos vizinhos da República Islâmica de que os seus interesses de segurança seriam considerados no reatar das negociações do acordo nuclear iraniano.
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Mundo Nuclear
Paris, Berlim, Londres e Washington condenaram na quinta-feira as "atividades desestabilizadoras" do Irão na região, "incluindo o uso e transferência de mísseis balísticos e 'drones'" para milícias aliadas, referindo ainda que apoiam os países do Golfo, vizinhos de Teerão, "em relação às suas preocupações mais amplas na região em matéria de segurança".
"Esta reunião e esta declaração são tão artificiais e ilegítimas que não vale a pena responder", disse o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Said Khatibzadeh, num comunicado.
"O Governo dos Estados Unidos, responsável pela situação atual ao retirar-se do acordo nuclear, está mais uma vez a tentar provocar uma crise e a fazer uma campanha de propaganda contra o Irão", afirmou o porta-voz.
As negociações, suspensas desde junho, devem ser retomadas em Viena em 29 de novembro entre o Irão e a Alemanha, China, França, Reino Unido e Rússia para tentar salvar o acordo nuclear concluído em 2015.
Este pacto visava limitar drasticamente o programa nuclear do Irão em troca do levantamento de sanções económicas, mas está a definhar desde que os Estados Unidos se retiraram unilateralmente em 2018 e impuseram as sanções novamente. Em resposta, Teerão abandonou gradualmente os seus compromissos assumidos no pacto.
Os Estados Unidos devem participar indiretamente nestas conversações do acordo nuclear iraniano.
Os países vizinhos do Irão estão preocupados com as cedências que podem vir a ser feitas à República Islâmica.
Leia Também: França exorta Irão a mostrar vontade nas negociações do programa nuclear
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