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Blinken adverte que guerra em Tigray ameaça segurança no Corno de África

O secretário de Estado norte-americano, António Blinken, advertiu hoje que a guerra na região de Tigray, na Etiópia, ameaça a segurança do Corno de África e exortou as partes a regressarem ao "processo político" para resolver o conflito.

Blinken adverte que guerra em Tigray ameaça segurança no Corno de África
Notícias ao Minuto

16:39 - 17/11/21 por Lusa

Mundo Etiópia

"O conflito na Etiópia é uma ameaça para o Corno de África (...). E isso é de grande preocupação para os nossos parceiros" na região da África Oriental, disse Blinken em Nairobi, no início de uma viagem africana que o levará também à Nigéria e ao Senegal.

Falando numa conferência de imprensa com a ministra dos Negócios Estrangeiros queniana, Raychelle Omamo, o secretário de Estado exortou o Governo etíope e os rebeldes de Tigray a "negociar a cessação das hostilidades sem condições prévias", uma vez que ambas as partes estabeleceram requisitos para um possível diálogo.

Blinken fez os comentários após encontrar-se com o Presidente queniano, Uhuru Kenyatta, que no fim de semana passado se deslocou a Adis Abeba para se encontrar com o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, para procurar uma solução para a guerra.

"Temos esperança de um cessar-fogo após a recente visita do Presidente Kenyatta (...). Acreditamos que um cessar-fogo é possível", disse Omamo.

A ministra queniana salientou a necessidade de acreditar no "potencial da Etiópia para encontrar uma solução para esta crise" e acrescentou que, uma vez ultrapassado o conflito, o país vizinho emergirá como "um parceiro mais forte" para "garantir a paz na região".

Por seu lado, o chefe da diplomacia dos Estados Unidos da América (EUA) reiterou que "não há solução militar para este conflito" e salientou que "todas as partes devem reconhecer isso".

"Acredito firmemente que há uma oportunidade para todas as partes pararem" as hostilidades e sentarem-se "em breve" numa "mesa juntos" para resolverem as suas "diferenças", referiu Blinken.

"Estamos a trabalhar com todos os parceiros para fazer avançar os esforços" na procura da paz, afirmou Blinken, que "apreciou o trabalho" que está a ser feito nessa direção por Kenyatta e pelo Alto Representante da União Africana (UA) para o Corno de África, o ex-presidente nigeriano, Olusegun Obasanjo.

Tanto os EUA como o Quénia insistiram num cessar-fogo na Etiópia, reafirmando a sua esperança numa conclusão positiva dos intensos esforços diplomáticos para encontrar uma solução negociada para o conflito entre o governo e os rebeldes no norte do país.

Blinken apelou também ao Quénia, um aliado de longa data, para assegurar eleições livres no próximo ano.

"Acreditamos que é possível um cessar-fogo", disse a ministra Raychelle Omamo.

Questionado sobre o assunto, Blinken não descartou a possibilidade de os Estados Unidos poderem descrever os "abusos" em Tigray como genocídio.

"Seja como for que lhe chamemos, tem de parar e tem de haver responsabilidade", frisou.

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